As obras de implantação e pavimentação do contorno viário de Barra do Garças, na BR 070, receberão um aporte de mais de R$ 7 milhões pelo Ministério dos Transportes. A garantia da liberação dos recursos foi feita pelo ministro Antônio Carlos Rodrigues, durante reunião com os senadores de Mato Grosso Wellington Fagundes, ambos do PR, e representa mais um passo visando solucionar um dos maiores entraves logísticos da fronteira entre Mato Grosso e Goiás, que aflige diretamente a população do município.
O dinheiro liberado pelo Ministério será usado para construção de duas pontes, uma sobre o Rio Garças e outra sobre o Rio Araguaia, integrando o contorno viário, segundo explicou o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Garcia. “Estamos trabalhando muito para execução dessa obra, tentando solucionar um problema que se arrasta há muitos anos”, frisou Wellington. O republicano fez questão de enaltecer e destacar o empenho da bancada de Mato Grosso. "Esta é uma obra demorada, que ainda se encontra em fase inicial. E como não está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento do Governo, todo trabalho que dedicamos tem que ser feito com insistência e cuidado”.
Segundo ele, o montante garantido pelo ministério contribuirá no trabalho para se colocar um fim aos problemas que a cidade enfrenta com o tráfego pesado. “Deste modo, contribuímos também para o desenvolvimento do município e a segurança da população, que é o mais importante", destacou Fagundes. O prefeito do município, Beto Farias, já havia dado destaque à atuação parlamentar contundente da bancada e do senador republicano, ao afirmar que a construção do trecho estava "emperrada há 20 anos".
BR 163/364- Na audiência no Ministério dos Transportes, os parlamentares pediram ao ministro que garanta o fluxo de pagamento, ainda neste ano, para que as obras de duplicação da BR 163/364, entre Rondonópolis e Cuiabá, voltem à normalidade. Segundo Wellington, o primeiro lote da obra – Entre Rondonópolis e Jaciara – está em ritmo lento, o segundo lote – de Jaciara a Serra de São Vicente – está em velocidade normal e o terceiro – entre Serra de São Vicente e Cuiabá – está completamente paralisado. "Essa paralisação e essa lentidão, além de atrasarem o desenvolvimento dos municípios e do Estado ainda depreciam o próprio andamento das obras que já foram feitas nos demais trechos. Esta interrupção encarece o custo total das duplicações e emperram os benefícios que solicitamos e que seriam assegurados pelo Ministério à população", enfatizou. O ministro demonstrou ser favorável à garantia posta em discussão e afirmou que o ministério deverá priorizar os recursos para as obras ainda este ano.
Alternativas- Dada a excepcionalidade do contrato de concessão da BR-163, onde metade de todos os 800 quilômetros de duplicação é da concessionária Rotas do Oeste, e a outra metade de responsabilidade do Dnit, e para evitar que haja outros atrasos e paralisações, o senador propôs um estudo entre o Ministério dos Transportes e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para definir a melhor forma de assegurar o andamento das obras. "Há trechos em plena execução, enquanto outros estão paralisados. Isso gera um gravíssimo problema para a sociedade, pois a concessionária logo poderá cobrar pedágios no trecho que está dando andamento, enquanto a rodovia não possui ainda plenas condições de operação", alerta o senador.