O presidente da República Jair Bolsonaro, prorrogou até o dia 10 do próximo mês, por meio do decreto, o emprego de militares para combater focos de incêndio e desmatamento ilegal na chamada Amazônia Legal, que é composta por Mato Grosso, Pará, Maranhão, Amapá e Tocantins. A determinação se aplica à faixa de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas federais nos Estados da Amazônia Legal.
O Comando Conjunto Barão de Melgaço executou ações de inspeção, fiscalização ambiental e patrulhas navais e aéreas na região de Cáceres, Tabaporã, Juína, Pontes, Lacerda, Palmarito, Corixa, Fortuna e Comodoro. Foram revistadas 43 viaturas e mais de 20 embarcações, resultando na apreensão de 373,08 metros cúbicos de madeira e sete caminhões, além da aplicação de multas, que totalizaram valor acima de R$ 100 mil.
Durante as ações de fiscalização foram identificadas áreas de desmatamento e corte ilegal de madeira, resultando em mais de 14,4 mil metros cúbicos de madeira apreendida e aplicação de 288 multas, que somadas superaram R$ 103 milhões.
Além disso, foram vistoriados 4.850 veículos e 2.273 embarcações. No total, foram apreendidos 131 veículos, entre carros, reboques, motos e caminhões, 50 tratores, escavadeiras ou máquinas agrícolas e 113 embarcações. Também foram destruídos 104 equipamentos, entre veículos, motores de garimpo, balsas, tratores, escavadeiras, máquinas agrícolas e outros. A repressão aos delitos também resultou em apreensão de 65 animais silvestres mortos, 12,250 quilos de pasta base de cocaína, 418,16 quilos de minério de cassiterita, 7 mil litros de óleo diesel e 18 armas de fogo. Os fiscais, apoiados pelos militares, ainda apreenderam perto de 1,5 tonelada de produtos do extrativismo, de caça e de pesca obtidos ilegalmente.
Nas comunidades e distritos próximos às Bases de Operações foram desencadeadas ações de conscientização, contribuindo para esclarecer e mudar a postura da população com relação aos ilícitos ambientais. A Operação Verde Brasil 2 é coordenada pela Vice-Presidência da República, em apoio aos órgãos de controle ambiental e de segurança pública. A missão deflagrada pelo governo Federal, em 11 de maio, visa ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais na Amazônia.