Apesar da crise financeira, o governo federal poderá remanejar recursos para combater o mosquito Aedes aegypti, se for necessário. A informação é do titular da Secretaria de Governo da Presidência da República, ministro Ricardo Berzoini, que esteve hoje (13) em Manaus, no Amazonas, para participar das ações do Dia Nacional de Mobilização contra o Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e do vírus Zika.
“A presidenta Dilma já anunciou que não faltarão recursos, mesmo nesse ambiente de difícil gestão orçamentária. Se necessário, vamos remanejar orçamento para assegurar que não faltem recursos [no combate ao mosquito]”, afirmou Berzoini.
O ministro pediu ainda a participação da população. “A ação do governo é fundamental, mas a ação da sociedade é decisiva. Se não houver uma mobilização em cada casa, em cada propriedade comercial, em cada local que possa haver criadouro, todo o esforço governamental e daqueles que estão mobilizados pode ser colocada em risco pela omissão de uma parcela minoritária, que não se mobiliza”, disse.
"Esse mosquito é extremamente nocivo para a sociedade e ele precisa ser enfrentado por todos. Assim como a educação só é possível quando os pais e as escolas se unem e quando tem políticas públicas, assim também [em relação ao Aedes], para que a gente possa combater na origem, essas doenças todas decorrentes desse mosquito. Precisamos todos nos unir”, declarou Melo.
O Aedes aegypti, que até pouco tempo era conhecido apenas como o transmissor do vírus da dengue e da febre amarela, agora também é conhecido por transmitir chikungunya e o vírus da Zika, que quando infecta gestantes pode provocar microcefalia nos fetos.
A Organização Mundial da Saúde declarou emergência de saúde pública de importância internacional devido à relação entre o Zika e a malformação e estima que, em todo continente americano, até quatro milhões de pessoas serão infectadas pelo vírus em 2016.