O Sistema Penitenciário de Mato Grosso (Sispen) receberá investimento de R$ 63,7 milhões este ano. As obras começarão no 1º semestre e abrirão 1.936 vagas. As quatro unidades serão construídas em Peixoto de Azevedo (Nortão), Porto Alegre do Norte (Araguaia), Sapezal e Várzea Grande.
Com capacidade para abrigar 1.008 recuperandos, a unidade de Várzea Grande, que fica localizada a seis quilômetros do centro, pode ter sua capacidade ampliada para receber 1,5 mil apenados. O complexo penitenciário será composto por dois prédios (A e B) e o conjunto consiste no prédio administrativo, alojamento, prédio de Controle e Revista (sala de revista), edificação de Apoio aos Internos, prédio de Saúde, Serviços e Parlatório.
O controle e segurança da área dos apenados são realizados pelo pavimento superior da galeria central e pelas torres de vigia, localizadas em cada canto da muralha de segurança. O setor interno, delimitado pela muralha de segurança, tem um sistema viário interno que circunda as edificações prisionais, denominado de zona de tiro.
O setor penitenciário é constituído pelo edifício da Inclusão, Triagem e Saúde e a galeria com circulação central. Em seguida, interligados pela galeria e com acesso por meio de gaiolas, ficam os raios, com as celas e pátios para os recuperandos e os edifícios de serviços para trabalho. O investimento total é de R$ 24,3 milhões.
As cadeias de Sapezal e Porto Alegre do Norte são financiadas pelo Programa Nacional de Apoio ao Sistema Prisional, que disponibilizou R$ 20 milhões para a construção das unidades. A contrapartida do estado é de R$ 10 milhões. Segundo o projeto, serão abertas 672 novas vagas (336 em cada unidade). Em Peixoto de Azevedo, serão abertas 256 vagas ao valor de R$ 7,6 milhões.
O secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Márcio Frederico de Oliveira Dorilêo, diz que a atual gestão está cumprindo com seu dever de sanar os problemas do Sispen. “A construção destas unidades, que juntas oferecem quase 2 mil vagas, aliada a ações como a audiência de custódia e a utilização das tornozeleiras eletrônicas, darão solução ao problema de superlotação. Hoje, 40% de nossa população carcerária é de presos provisórios, que aguardam seu julgamento. Auxiliados pelo Poder Judiciário, evitamos o ingresso de 878 cidadãos em nossas cadeias e penitenciárias com o advento da audiência de custódia; enquanto que com as tornozeleiras eletrônicas já demos liberdade assistida a 2.554 recuperandos”.
O diretor do Departamento Nacional de Penitenciárias (Depen), Renato De Vitto, destaca que a seriedade com que o Executivo Estadual administra sua gestão assegurou ao órgão, ligado ao Ministério da Justiça (MJ), que as obras serão edificadas. O secretário adjunto de Administração Penitenciária, Luiz Fabrício Vieira Neto, afirma que o projeto segue as resoluções estabelecidas pelo Depen, oferecendo aos recuperandos condições adequadas para o retorno ao convívio social.
“Teremos um ambiente planejado que considera a segurança e a humanização das unidades penais um fator importante no processo de ressocialização. Dentre as instalações, estão salas multifuncionais de saúde, sala de terapia ocupacional”, ressalta Vieira Neto.