O governo federal expulsou, em 2016, 24 servidores em Mato Grosso por irregularidades. Os dados foram divulgados, ontem, pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU). No Estado, o número é o maior dos últimos seis anos.
O levantamento aponta ainda que, desde 2003, 194 servidores federais que atuavam em Mato Grosso perderam os empregos, o que resulta em uma taxa de demissão de 8 a cada mil trabalhadores. O índice de expulsão é o 5º maior do país, atrás apenas do Amazonas (11,6), Mato Grosso do Sul (9,5), São Paulo (8,5) e Maranhão (8,5).
No Brasil, o governo expulsou 550 servidores por irregularidades em 2016. Em 65% dos casos, o motivo do desligamento foi a prática de atos relacionados à corrupção. O número de expulsões registradas em 2016 é o maior para um ano desde o início do levantamento em 2003.
De acordo com a CGU, das demissões registradas em 2016, 445 foram de servidores efetivos, 65 cassações de aposentadorias e 40 destituições de ocupantes de cargos em comissão. Após a prática de corrupção, que somou 343 casos, as irregularidades com maior número de casos foram o abandono de cargo, a inassiduidade ou a acumulação ilícita de cargos.
Os dados não incluem os empregados de empresas estatais, como a Caixa Econômica Federal, Correios, Petrobras, entre outras. Os servidores punidos, nos termos da Lei Ficha Limpa, ficam inelegíveis por oito anos. Dependendo do tipo de infração cometida, também podem ficar impedidos de voltar a exercer cargo público.
Desde 2003, o governo federal expulsou 6.209 servidores. Destes, 5.172 foram demitidos, 493 tiveram a aposentadoria cassada e 544 foram afastados de funções comissionadas. As unidades da federação com maior número de punições foram Rio de Janeiro (1.096), Distrito Federal (763) e São Paulo (667).