Caíram os repasses do Bolsa Família para Mato Grosso, em 2016. Segundo dados disponíveis no portal da transparência, do governo federal, os beneficiários do programa no Estado receberam, no ano passado, R$ 297,4 milhões. Em 2015, por outro lado, o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário repassou R$ 335,1 milhões.
Várzea Grande foi o município que mais recebeu recursos em 2016. Foram R$ 29,9 milhões. Em seguida aparece Cuiabá, com R$ 28,8 milhões. Rondonópolis tem o terceiro maior repasse, com R$ 12,5 milhões. Cáceres (R$ 11,8 milhões), Poconé (R$ 7,6 milhões), Barra do Garças (R$ 6,2 milhões), Colniza (R$ 5,7 milhões), Confresa (R$ 5,7 milhões), Peixoto de Azevedo (R$ 4,6 milhões) e Sinop (R$ 4,6 milhões) completam o ranking das cidades com o maior montante de recursos disponibilizados.
Em 2015, Cuiabá liderou a lista, recebendo R$ 36 milhões, maior recurso do Estado. Várzea Grande ficou em segundo, com R$ 32,5 milhões. Rondonópolis teve R$ 14,5 milhões. Cáceres (R$ 13,6 milhões), Poconé (R$ 8,4 milhões), Colniza (R$ 7 milhões), Barra do Garças (R$ 6,9 milhões), Confresa (R$ 5,6 milhões), Primavera do Leste (R$ 5,5 milhões) e Peixoto de Azevedo (R$ 5,1 milhões) foram os municípios com mais recursos recebidos em 2015.
Conforme Só Notícias já informou, no final do ano passado, o governo federal bloqueou 8.521 benefícios do Bolsa Família no Estado, e suspendeu outros 6.301, numa operação considerada como o “maior pente-fino” já realizado pelo programa. O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário justificou que os benefícios pagos foram cancelados em razão de irregularidades. Em todos os casos, foi constatado que a renda das famílias era superior à exigida para ingresso e permanência no programa.
Em Mato Grosso, o maior número de cancelamentos foi em Cuiabá, onde 1.392 benefícios foram bloqueados e outros 838 acabaram suspensos. Em Várzea Grande foram 858 bloqueios e 628 suspensões. Em Sinop, o governo bloqueou 163 acessos ao benefício e suspendeu 128. Em Sorriso, 87 pessoas tiveram os cartões bloqueados e outras 74 tiveram acessos suspensos.
Em Nova Mutum, o MDS bloqueou 49 benefícios e suspendeu 58. Em Lucas do Rio Verde foram 110 bloqueios e 81 suspensões. Em Colíder, o governo bloqueou 84 benefícios e suspendeu 93. Em Juara, 60 bloqueios e 56 suspensões. Em Rondonópolis, 372 pessoas acabaram com o acessos bloqueados e outras 430 com acessos suspensos. Em Tangará da Serra, foram 117 bloqueios e 79 suspensões.
No Brasil, o MDSA encontrou inconsistências em 1,1 milhão dos cerca de 13,9 milhões de benefícios pagos pelo governo federal. Do total de benefícios que apresentaram indícios de irregularidades, o órgão determinou o cancelamento de 469 mil (3,3%) e o bloqueio de 654 mil (4,7%). O benefício foi cancelado nos casos em que a renda per capita da família ultrapassou R$ 440. Já o bloqueio foi adotado para os beneficiários que apresentaram renda entre R$ 170 e R$ 440.
O Bolsa Família é voltado para famílias extremamente pobres (renda per capita mensal de até R$ 85) e pobres (renda per capita mensal entre R$ 85,01 e R$ 170). Ao entrarem no programa, as famílias recebem o benefício mensalmente e, como contrapartida, cumprem compromissos nas áreas de saúde e educação. O valor repassado a cada família depende de fatores como o número de membros, a idade de cada um e a renda declarada no Cadastro Único.