Nos próximos dois anos o governo do Estado pretende aumentar em 15% o orçamento anual da Secretaria de Estado de Saúde (SES), passando de R$ 1,47 bilhão de recursos atuais para R$ 1,69 bilhão entre 2017 e 2018. A explicação para esse acréscimo de receita orçamentária está no objetivo de ampliar o número de leitos hospitalares públicos, construir novos hospitais regionais e reformar a sede da pasta e também a Central de Distribuição de Medicamentos.
Essas futuras ações de governo para a área da Saúde foram debatidas em reunião nesta manhã de sexta-feira (24.06) entre o governador Pedro Taques e o secretário da pasta, Eduardo Bermudez. No encontro, realizado no Palácio Paiaguás, ficou definido também que haverá alteração no modelo de gestão de alguns hospitais regionais.
“Fizemos um mapeamento e descobrimos que para cada região há a necessidade de uma gestão hospitalar diferente. Em Rondonópolis, a comunidade e a classe política defendem a permanência da OSS [Organizações Sociais de Saúde]. Já no Vale do Teles Pires, os prefeitos pedem que eles, por meio do consórcio regional, assumam a administração do hospital. Diante disso vamos respeitar a necessidade de cada região e realizar a transição de gestão onde for necessário e mais adequado“, explicou o secretário de Saúde.
Em se tratando de mudanças de gestão, foi conversado durante a reunião, que a Central de Regulação será reestruturada. A proposta será estender o Sisreg (Sistema Nacional de Regulação) aos 141 municípios de Mato Grosso. A previsão é fazer isso até o final de 2016, permitindo que todas as cidades do Estado tenham acesso ao sistema online de gerenciamento regulatório de internação hospitalar.
“Com essa reestruturação da central passaremos a ter um controle maior sobre disponibilidade de vagas dos leitos hospitalares e, consequentemente, uma visão mais clara de onde são necessários maiores investimentos junto às unidades de saúde do Estado”, completou Bermudez.
Entre as ações previstas para a Secretaria de Estado de Saúde está também a reforma do prédio que abriga a pasta. Instalada em um prédio construída há 20 anos, boa parte da estrutura física da secretaria possui infiltrações e rachaduras. O mesmo ocorrerá na Central de Distribuição de Medicamentos.
Atualmente Mato Grosso possui um déficit de 600 leitos hospitalares. Segundo Eduardo Bermudez, para diminuir esse número o Governo do Estado se propõe a construir três novos hospitais regionais, sendo um em Tangará da Serra, um em Porto Alegre do Norte o outro em outra cidade a ser definida nos próximos meses, respeitando assim a necessidade regional.
“Além disso passa também pelo nosso plano de ação locar leitos de UTIs e passar a oferecer em cada hospital regional o numero de 150 vagas para internação. Com isso esperamos em dois anos acabar com a falta de leitos públicos no Estado”, acrescentou o secretário.