O Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso (Sindspen-MT) e o Governo do Estado se reunirão, nesta quinta-feira, na Casa Civil, para uma nova rodada de negociações sobre o pedido de reajuste salarial dos servidores. A reunião está agendada desde 5 de janeiro, quando a categoria se sentou com o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, para tratar do assunto, mas não houve acordo.
Na ocasião, o sindicato se comprometeu a suspender o movimento grevista até a nova agenda com o governo, e manteve o estado de assembleia permanente. Já o governo se comprometeu a estudar a questão. Segundo o sindicato, a expectativa é que o governo apresente uma proposta de reajuste salarial que equipare a Polícia Penal às demais forças da segurança pública do Estado de Mato Grosso.
Foram convidados para participar da reunião os deputados estaduais Max Russi (PSB), Dilmar Dal Bosco (DEM), Wilson Santos (PSDB), Eduardo Botelho (DEM), Janaína Riva (MDB), Delegado Claudinei (PSL) e Allan Kardec (PDT).
Atualmente são cerca de 2,8 mil servidores, lotados em 46 unidades prisionais. Segundo o sindicato, eles representam a menor categoria em número de servidores das três forças de segurança pública. A entidade alega que os profissionais passam a maior parte do tempo da pena com reeducandos, tendo contato diário dentro dos presídios, cadeias e unidades prisionais.
No final de dezembro, a categoria deflagrou uma greve que durou 18 dias. Por causa da paralisação, o governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que iria iniciar a negociação do zero. “O governo fez uma proposta, eles recusaram e, agora, vamos começar do zero. Foi o que dissemos para eles, que, se entrassem em greve, iria começar tudo do zero. E provavelmente é o que vai acontecer”, afirmou Mauro, em entrevista coletiva, em Cuiabá, pouco após a suspensão do movimento grevista.