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Governo diz que servidor tem direito a protestar e pagará reajuste caso aumente arrecadação

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O Governo do Estado emitiu nota apontando que é um direito do servidor público estadual se manifestar e que a decisão de não pagar o Reajuste Geral Anual (RGA) este mês é amparada em lei e que, caso consiga aumentar a arrecadação, o valor será pago. “O governo do Estado esclarece que a crise nacional, somada à falta de planejamento das gestões anteriores, levaram à atual situação financeira estadual. Isto ocorre porque nos últimos oito anos a despesa com pessoal cresceu mais do que a receita do Estado, provocando um descompasso nas contas públicas. O salário do funcionalismo teve um aumento de 230% enquanto a receita cresceu 156% no mesmo período”.

Esse descompasso fez com que o Estado extrapolasse os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Se a lei for descumprida, o governo perde recursos e convênios do governo federal e não poderá contrair novos empréstimos para investimentos em diversas áreas como saúde, estradas, educação e segurança pública.

O governo do Estado ressalta ainda que a prioridade, neste instante, é manter os salários dos servidores em dia. É de conhecimento público que outros 24 estados brasileiros, além de Mato Grosso, não irão conceder o RGA aos servidores. Alguns destes estados estão atrasando ou parcelando os salários.

A atual gestão também pontua, no entanto, que algumas carreiras receberam e outras receberão aumento este ano devido a leis específicas aprovadas e que estão em vigor.

Para reverter esse quadro, o governo do Estado esclarece que está fazendo sua parte para aumentar a receita e honrar o compromisso de pagar o RGA. Entre as ações em andamento estão a revisão de contratos, corte de cargos e despesas de custeio. Além disso, a equipe econômica lançou um Pacto Contra a Crise com outras medidas que devem ser realizadas para melhorar a saúde financeira do Estado. Uma das ações será redução de custos e incentivos fiscais, reestruturação da dívida pública, implantação de nova etapa de reforma administrativa e diálogo com os poderes para discutir a possibilidade de redução do duodécimo.

 

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