O presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), decretou nove áreas de utilidade pública para desapropriação ao longo da BR-163, em Mato Grosso, em favor da concessionária Rota do Oeste (Odebrecht), que venceu o leilão de pouco mais de 800 quilômetros ano passado. As áreas, que variam de 18 a 30 mil metros quadrados são para as construções das praças de pedágio em Sorriso, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Itiquira, Rondonópolis, Campo Verde, Cuiabá e Jangada. Os valores das indenizações não foram divulgados.
Na publicação, também assinada pelo ministro dos Transportes, Paulo Passos, consta que a declaração de utilidade pública não exime a concessionária da prévia obtenção dos licenciamentos e do cumprimento das obrigações junto às entidades ambientais e demais órgãos da administração pública, necessários à efetivação das obras e atividades referidas.
A cobrança deve começar a partir do final do primeiro semestre do ano que vem, quando a empresa prevê atingir 10% das obras previstas na rodovia, como consta no contrato. Dez meses depois do leilão, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANNT) aprovou a revisão extraordinária da tarifa básica de pedágio em 0,86%. Com isso, ela passou de R$ 0,02638 por quilômetro (ou R$ 2,638 para 100 quilômetros rodados), para R$ 0,02661. A proposta na concorrência teve deságio de 52,03% em relação ao teto de R$ 0,055. A justificativa foi a revisão dos investimentos previstos.
Já começaram obras de 25 km de duplicação em Rondonópolis, que devem ser entregues até abril do ano que vem, mas no Nortão, elas só chegam em 2015 e não ano que vem como previsto, inicialmente, no plano aprovado que foi apresentado na licitação. Os trabalhos começaram de forma inversa, mas a diretoria-geral explicou que tiveram início pelo Sul do Estado, visando atender este gargalo de acesso ao terminal de grãos (ALL) para escoar mais rapidamente a produção agrícola que vem do Nortão.
Dos 800 km de Sinop até a divisa, cerca 400 km já estão sob concessão da Rota Oeste, no trechos: Itiquira (perto da divisa) a Rondonópolis, o contorno de Cuiabá e entre o Posto Gil e Sinop. O DNIT ( Departamento Nacional de Infra-estrutura) ficou responsável pelo restante que estão sendo ou serão duplicados pelo governo federal. Após o prazo de 5 anos, quando concluir as obras, a concessionária assume integralmente a responsabilidade.