Órgãos governamentais de Mato Grosso conheceram, hoje, um projeto piloto que está em desenvolvimento no Pará, reunindo um banco de dados oficial único com informações fundiárias, agrárias e ambientais que possibilitaram até o momento o georreferenciamento e levantamento sistemático de 10% da área total do estado, o que corresponde a aproximadamente 12 milhões de hectares.
O projeto denominado SIG Fundiário reuniu dados apurados em campo por sistema de georreferenciamento, digitalização de documentos cartoriais como matrículas de imóveis e informações espaciais permitindo dessa forma o cruzamento de dados e a produção de um diagnóstico real do desmatamento, situação fundiária, exploração de madeira, enfatizando a necessidade de ter um sistema de integração de dados oriundos de diversas instituições e que todas elas possam utilizar desse sistema em conjunto.
O secretário de Articulação e Desenvolvimento Regional do Estado, Eduardo Moura, ressaltou que a oportunidade de conhecer o projeto é para identificar de que forma Mato Grosso pode integrar diversas instituições e avançar na regularização fundiária no território, seja em áreas da União ou do Estado. “O governo tem uma preocupação com a situação fundiária de Mato Grosso e apenas com a situação legalizada vamos conseguir viabilizar os arranjos produtivos locais”, informou o secretário, destacando ainda que a troca de experiência com o estado do Pará é válida para saber o que deu certo. “Os problemas nos dois estados são bastante semelhantes, como áreas devolutas, áreas indígenas e assentamentos, sobreposição na propriedade. Dessa forma conseguimos saber o que deu certo, o que não deu, e trabalhar em Mato Grosso para criar um banco de dados em que todos os órgãos possam utilizar essas informações”, assegurou Moura.
O diretor agrário do Instituto de Terras de Mato Grosso, Diogo Delben, destacou que a ferramenta possibilita fazer uma gestão territorial condizente com a realidade e com as necessidades de regularização.