O governo garantiu apoio ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para acelerar o processo de coleta de dados do Censo 2022, iniciado em 1º de agosto. O acordo foi estabelecido em reunião na manhã desta segunda-feira. De acordo com o secretário-chefe da Casa Civil, Rogério Gallo, o Estado prestará auxílio logístico disponibilizando de veículos e motoristas para o trabalho nos maiores municípios.
“É preciso reconhecermos a importância do recenseamento. É com base na contagem de domicílios, da quantidade de habitantes, que são definidas as políticas públicas por parte do governo do Estado, prefeituras e também do Governo Federal, inclusive para repasses de recursos para área de saúde e partilha de receita de impostos”, ressaltou o secretário.
O IBGE também vai contar com apoio da secretaria de Planejamento e Gestão e da secretaria de Educação para a divulgação da importância do recenseamento junto aos servidores públicos, professores, pais e alunos.
Mais de 1,1 milhão de endereços devem ser visitados por mais de 3,6 mil recenseadores contratados pelo IBGE até o final de novembro. A superintendente estadual do IBGE, Millane Chaves da Silva, o órgão tem enfrentado dificuldades para a conclusão dos trabalhos: uma é encontrar trabalhadores interessados em atuar como recenseadores até o fim do período; a outra é o acesso aos domicílios.
“Infelizmente, em Mato Grosso, a coleta de dados está com uma velocidade de trabalho menor do que a esperada, e isso se dá devido ao próprio contexto econômico do Estado. Como Mato Grosso é o segundo estado do país com a menor taxa de desemprego, temos uma dificuldade de captar pessoas”, observou a superintendente.
Conforme Millane, a expectativa é que, com o apoio do governo estadual o número de servidores temporários, contratados exclusivamente para o Censo, aumente, de forma que o Estado possa avançar no trabalho de coleta de dados.
Até o momento, mais de 116 milhões de pessoas já passaram pelo processo de recenseamento em todo o país. Em Mato Grosso, porém, apenas 30% da população mato-grossense foi mapeada, o equivalente a pouco mais de 1,3 milhão de habitantes.
“O recenseamento vai além de contar a nossa população. Todas as políticas públicas estaduais, federais e municipais têm como base esse censo demográfico, então ele é fundamental para o planejamento público e privado do país. Precisamos que a população mato-grossense se sensibilize para atender o recenseador quando este bater em sua porta”, manifestou a superintendente do IBGE.