O governo do Estado instituiu uma comissão para apurar as razões que inviabilizaram a aplicação das provas do concurso público para provimento de mais de 10 mil vagas em Mato Grosso. Três procuradores serão responsáveis pela apuração dos fatos e terão trinta dias para concluírem os trabalhos. Só Notícias apurou que o relator será Gerson Valério Pouso. Ao seu lado estarão Romes Júlio Tomaz e Fernanda Mendes Pereira Cardoso Sabo como primeiro e segunda revisora, respectivamente.
No mês passado o governo disse que o cancelamento do certame ocorreu devido a falhas de logística. Na capital vários candidatos ficaram sem salas para prestar as provas. Outros receberam provas de cargos que não estavam pleiteando. Os prejuízos, segundo cálculos da própria Unemat – Universidade do Estado de Mato Grosso – responsável pelo concurso, chegou aos R$ 5 milhões.
O concurso era considerado o maior da história no Estado. Em 24 de novembro o coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado, encaminhou ao governo Blairo Maggi um ofício solicitando o afastamento da Unemat da coordenação, elaboração e execução do concurso público do Estado. Na época, Prado pediu também a instauração de procedimento administrativo com destituição dos membros que compõem a chefia e coordenação do certame.
No mês passado, computadores foram apreendidos durante a execução de novos mandados de busca e apreensão na residência da diretora de concursos e vestibulares da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Geisa Atala, e na Covest – Diretoria de Coordenação de Vestibulares.
As autorizações partiram da Justiça após solicitação do Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Justiça de Cáceres e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
Os mais de 271 mil inscritos para o concurso farão as provas em duas fases: 31 de janeiro e 21 de fevereiro