Os agentes penitenciários lotados na Penitenciária Central do Estado (PCE), no bairro Pascoal Ramos, que estavam reivindicando mais segurança após o grave incidente – tentativa de rebelião – que resultou na morte do agente Wesley da Silva Santos, voltam ao trabalho amanhã após terem parte de suas reivindicações atendidas pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
A pauta de reivindicação dos agentes penitenciários foi debatida hoje com a cúpula da Sejudh e representantes da categoria. Quanto a presença de mais efetivo de policiais militares no presídio foi prontamente atendida pelo secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, desembargador Paulo Lessa, segundo informou o secretário adjunto de Direitos Humanos, Genilto Nogueira.
O presidente do sindicato da categoria, João Batista Pereira de Souza, fez questão de dizer que a paralisação em nenhum momento teve um caráter "paredista" por questões salariais, mas tão somente por mais segurança. "As reivindicações são exclusivamente em torno da segurança dos servidores nas unidades prisionais. Queremos entrar e sair – e ir para nossas famílias – vivos". João Batista explicou que a paralisação também foi em função que não tinha condições de "tirar a tranca para entrar o detendo. Com o aumento do efetivo da PMMT os agentes voltam as suas atividades".
O secretário adjunto Genilto Nogueira disse que o secretário Paulo Lessa reconheceu como justas as reivindicações apresentadas pela categoria e por isso o avanço das negociações. A Sejudh vai manter um canal de conversação permanente depois de "trauma" que culminou com a morte de um agente, algo que não acontecia há mais de 20 anos.
Além do reforço de PMs nas quatro torres de procedimento vai acontecer também um aumento de efetivos para acompanhamento dos procedimentos normais. Além disso ficou definido a suspensão de determinadas regalias "já que foram quebradas todas as regras".