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Governadores de nove estados se reúnem em Cuiabá em prol do fortalecimento sustentável

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Cuiabá sedia, hoje, a décima edição do Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, que tem como objetivo definir mecanismos de cooperação regional, nacional e internacional que contemplem o fortalecimento da política de desenvolvimento sustentável, com ações como a remuneração por serviços ambientais, investimentos em educação, saúde, energia e transporte e produção de conhecimento. O evento é realizado das 8h30 às 17h30, no Palácio Paiaguás, sede do Poder Executivo estadual. O resultado do evento será a ‘Carta Cuiabá’, que será assinada por todos os governadores e vice-governadores para ser entregue ao governo federal.

Entre os governadores confirmados estão Tião Viana (Acre); Waldez Góes (Amapá); José Melo de Oliveira (Amazonas); Marcelo de Carvalho Miranda (Tocantins); Maria Suely Silva Campos (Roraima). Entre os vice-governadores estão Carlos Brandão (Maranhão), Daniel Pereira (Rondônia) e José da Cruz Marinho (Pará). Também integrarão as discussões três membros do GCF: Collen Lyons (diretor de projetos do Secretariado); Marianio Colini Cenamo (coordenador); Luiza Lima (coordenadora no Brasil e pesquisadora). Cerca de 50 pessoas entre governadores, secretários e gestores de áreas afins compõem a delegação que representarão os estados que virão a Mato Grosso participar do Fórum.

“Esse é o momento propício para discutir esse assunto. Mato Grosso já tem diminuído sistematicamente o desmatamento na região Amazônica. Com esses esforços estamos mostrando ao mundo que se pode aliar aumento de produtividade e preservação ambiental. Temos que avançar no sentido de buscar fundos que possam nos ajudar a manter essas florestas em pé”, defendeu o governador Pedro Taques.

Essa é a primeira vez nos últimos três anos que os governadores e secretários do Meio Ambiente desses nove estados estarão reunidos para discutir o planejamento regional sustentável. Para a secretária de Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini, vale ressaltar o papel do GCF (Fórum Global dos Governadores para Clima e Floresta) neste contexto, já que é a partir dele que se fortaleceu a busca de cooperação nos assuntos relacionados à política climática, financiamento, troca de tecnologia e pesquisa entre vários países. “É importante e urgente essa mobilização dos governadores para compatibilizar os esforços de redução nas emissões de gases de efeito estufa referentes à redução do desmatamento em seus territórios, mas com a adequada e equivalente compensação financeira”.

Mato Grosso é o que mais reflete a diversidade econômica e ambiental da Amazônia, pois compreende três biomas (Amazônia, Cerrado e Pantanal) e é o maior produtor brasileiro de soja e outras commodities agrícolas. Em contrapartida, conforme dados do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), do Inpe, o estado registrou redução do desmatamento de 5,2 milhões de hectares de florestas em seu território entre 2006 e 2014. A redução de desmatamento verificada evitou que 1,9 bilhão de toneladas de CO2 fossem lançados na atmosfera, volume maior que a redução de qualquer Estado da Amazônia para o período segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e inclusive maior que a maioria dos países que compõem o Anexo I, do Protocolo de Kyoto (1997).

No Brasil, seis estados integram o GCF: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Tocantins. Entre os anos de 2006 e 2013, nos estados amazônicos, foi verificada uma redução do desmatamento de 8,6 milhões de hectares, correspondente a 4,2 bilhões de toneladas de gás carbônico, que deixaram de ser emitidas para a atmosfera. Essa marca supera a redução de qualquer país desenvolvido ou em desenvolvimento, com ou sem metas obrigatórias. “Atingir essas reduções custa caro, e atualmente, esses custos estão sendo pagos quase que unicamente com orçamento público dos governos estaduais e do governo federal, além de esforços individuais de produtores rurais, comunidades tradicionais e povos indígenas da nossa região”, afirma o coordenador de Mudança Climáticas, Maurício Moleiro Philipp.

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