O governador Pedro Taques convocou os secretários de Estado para uma reunião no Palácio Paiaguás, ontem pela manhã, em que fez uma avaliação de todos os meses de gestão e abriu espaço para que, por meio de um amplo debate, cada secretário tivesse oportunidade de falar sobre as dificuldades de suas pastas. Foram analisados o cenário macroeconômico da economia brasileira e os impactos que ele tem sobre o estado de Mato Grosso. Taques também oficializou a criação da Câmara de Gestão para a análise de todas as políticas públicas que o governo vem desempenhando e determinou que ela passe a atuar dentro das secretarias de Estado.
O secretário de Fazenda Paulo Brustolin afirmou que a crise nacional, que rebaixou o país no grau de confiança externa, tem repercussões gravíssimas sobre todos os cidadãos e, dessa forma, o Governo de Mato Grosso está preparando uma série de medidas para que possa enfrentar esse momento de dificuldades que o Brasil vive. “Mesmo fazendo todo o dever de casa nós não somos imunes. Vemos vários estados brasileiros com dificuldades, que tiveram vários problemas em 2015 e não queremos que isso aconteça aqui. Vamos tomar todas as medidas necessárias para que o Estado se mantenha no trilho e seja um exemplo para a nação brasileira”.
Mato Grosso recebeu 77% menos transferências de repasses do governo federal em 2015 em relação a 2014, o que torna a situação dramática, analisou Brustolin. A falta do repasse do Auxílio Financeiro para Fomento às Exportações (FEX) por parte do governo Federal, que seria de aproximadamente R$ 1 bilhão, que foi cobrado de forma incisiva pelo governador Pedro Taques e seus gestores, teria consequências bem mais drásticas se não fosse a criação do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), que ajudou a equilibrar as contas no estado, com a recuperação de R$ 500 milhões de ativos. Esse montante foi investido em áreas prioritárias, como saúde, educação e segurança e também para manter os salários em dia.