A Gerência Regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) em Sinop tem registrado uma grande movimentação de pessoas que procuram por liberação de Autorização para Transportes de Produtos Florestais (ATPFs) diariamente. Mas também tem apresentado uma grande deficiência na agilidade dos atendimentos, causando demora na liberação das guias.
Por causa dessa dificuldade, o gerente Regional da unidade, José Geraldo de Araújo, foi a Brasília para reunir-se com o presidente do Ibama, Marcus Barros, buscando uma solução para o problema pedindo, principalmente, por um procurador para o município.
“Esse é um problema que afeta muito a agilidade do nosso trabalho. O gerente foi até Cuiabá e a partir de amanhã vai estar em Brasília para colocar essa situação ao presidente do Ibama, além é claro da situação geral no nosso funcionamento interno. Ele vai colocar que a gerência precisa de condições mínimas para atendimento com maior agilidade, já que as indústrias madeireiras precisam voltar ao trabalho o mais rápido possível”, confirmou, ao Só Notícias, a analista ambiental e gerente interina da unidade Sinop, Patrícia Gomes Salomão.
Mesmo com a divulgação, na semana passada, por Só Notícias, que o Ibama Sinop já havia liberado, desde 05 de julho até 18, 2.887 guias de ATPFs, sendo 1.462 de entrada e 1.425 de saída, para 87 indústrias, muitos madeireiros reclamam da demora no atendimento e no andamento da liberação das guias requeridas.
“Nesse ponto são duas questões: uma que as empresas não conseguem liberação por pendências e outra porque a gerência tem um número muito pequeno de servidores e funcionários contratados. Por isso, estamos trabalhando com deficiência e não conseguimos agilidade suficiente para atender”, reforça Patrícia.
Ela completa dizendo que as ATPFs “estão saindo, existe servidor designado para esse trabalho, mas ou a empresa precisa de uma vistoria e voltamos a ter problemas com falta de fiscais, pois 4 dos 6 foram afastados. Ou a empresa já está regular, mas tem que ter um pouco de paciência, pois a fila de espera é grande e temos que trabalhar de acordo com os protocolos de pedidos”, explica
Segundo ela, nenhum pedido de ATPFs está sendo enviado para Cuiabá, pois essa forma de trabalho não agilizaria as autorizações, causando até mesmo ineficiência. “Mesmo que a vistoria dos planos de manejo sejam feitas por um engenheiro florestal ou agrônomo e, nesse caso, também temos falta de pessoal, não estamos enviando nenhum pedido a Cuiabá, haja vista que queremos um procurador aqui na unidade. Nossa demanda é muito grande e estamos sem procurador há quase um ano. Alguns vêm, ficam um tempo, depois saem, mas ninguém é designado permanentemente, travando diversos trâmites internos”, finaliza.
Hoje a unidade conta com uma equipe de 15 servidores da casa e 12 contratados e atende 32 municípios, todos sob a responsabilidade de Sinop.