Duas pessoas foram presas, em Sinop, esta manhã, pelo GAECO Ambiental (Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado) na operação Hamadríade. A confirmação foi feita, ao Só Notícias, pela assessoria do Ministério Público. Não foram informados nomes e profissões dos investigados. Mais dois foram presos em outras cidades onde as ilegalidades ocorreram. Os policiais cumpriram mandados em mais três cidades no Nortão – Alta Floresta, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde- além de Cuiabá e Palhoça (SC), expedidas pela 7ª Vara Criminal da capital . No município catarinense foi busca e apreensão.
O GAECO apurou que os investigados se especializaram em fraudar a gestão ambiental no Estado, usando créditos florestais existentes apenas no mundo virtual, porém mascarados sob o manto de manejos florestais (extração selecionada de lareiras nas florestas) que são existentes. Esses créditos, após emitidos virtualmente, eram transferidos em seguida para outras empresas, maquiando, em tese, a origem ilegal do produto florestal, fazendo uso, para tanto, inclusive, de “laranjas”, e envolvendo empresários, engenheiros florestais, contadores, entre outros profissionais, aponta o Ministério Público. As investigações iniciaram ano passado.
Nas buscas e apreensões de documentos os investigados, além das provas que fundamentaram as ordens judiciais de prisões, os investigados podem responder por organização criminosa, lavagem de capitais, falsidade ideológica, uso de documento falso, receptação, transporte ilegal de produto florestal e crime contra a administração ambiental, cujas penas máximas somadas chegam a 28 anos.
O nome da operação, Hamadríade, na mitologia, é a ninfa dos bosques que nascia e morria com as árvores de cuja guarda estava incumbida e das quais se julgava prisioneira.
O GAECO também prossegue hoje com outra operação, a Sorocaba, investiga eventual ocorrência de fraudes ambientais envolvendo extensa área de propriedade rural localizada no Médio Norte, com diversos conflitos. Atuam nessa ação, conjuntamente, os peritos do Ministério Público e o Batalhão de Proteção Ambiental, estando todos em diligência para o cumprimento. Não foi confirmado se houve prisões.
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