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GAECO faz operação em Mato Grosso para prender servidores públicos e empresários

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O Grupo Especial de Combate ao Crime Orgabizado (GAECO) faz neste momento, operação Convescote para cumprir 11 mandados de prisão preventiva em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres, expedidos pela Vara Especializada do Crime Organizado da capital. Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 4 de condução coercitiva. Devem ser presos servidores do Tribunal de Contas e do Poder Judiciário, funcionários da Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual – FAESP- e empresários. Além do crime de constituição de organização criminosa, também há indicativos da prática de peculato, lavagem de capitais e corrupção ativa.

A operação visa "desarticular uma organização criminosa engendrada para saquear os cofres públicos, notadamente recursos públicos da Assembleia Legislativa, e Tribunal de Contas do Estado, por intermédio da FAESP (Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual)". Ainda não foram fornecidos detalhes do montante desviado.

O Gazeta Digital informa que um dos presos é Odenil Rodrigues de Almeida, assessor de confiança do deputado Guilherme Maluf e que em depoimento, no dia 15 de de abril do ano passado, o ex-presidente da Assembleia Jose Riva confessou crimes e citou Odenil como um dos beneficiados com R$ 50 mil de valores desviados dos cofres da Assembleia. Após as revelações de Riva, Guilherme Maluf anunciou que demitiu Odenil. Também foi detido o oficial de justiça, Eder Gomes, presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça Avaliadores de Mato Grosso. 

Além dos policiais civis e militares, promotores de justiça e delegados de polícia do GAECO, estão participando do cumprimento dos mandados judiciais policiais do BOPE, ROTAM, Força Tártica de Cáceres e Várzea Grande. São mais de 100 agentes envolvidos na operação. O nome convescote significa pique-nique, em alusão à "festa" feita com dinheiro público

Em nota encaminhada ao Só Notícias, o Tribunal de Contas de Mato Grosso "esclarece que a Operação Convescote, deflagada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado – Gaeco – não guarda relação com a gestão da instituição, pois, conforme já divulgado, trata-se de apuração de convênio celebrado entre a Faespe e outro ente público. Antecipa que não fará prejulgamento em relação ao envolvimento de servidores na investigação em curso, porquanto entende como natural e próprio da democracia a apuração de denúncias por parte dos órgãos de controle e da esfera judicial. Observa, por outro lado, que a instituição Tribunal de Contas está acima de qualquer eventual desvio de conduta praticado por seus membros ou seus servidores, devendo, cada um, responder por seus atos".
 

(Atualizada às 11:26h)

 

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