O coordenador do Gaeco (Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado), procurador Paulo Roberto Jorge do Prado, considerou fundamental a operação liderada pelo Exército para verificar de onde estão saindo os explosivos usados pelas quadrilhas que usam dinamite para assaltar caixas de agências bancárias em Mato Grosso. O Comando Militar Oeste do Exército, Ministério Público-Gaeco,Polícia Civil, PM e Corpo de Bombeiros começaram, na região de Sinop e Tangará da Serra, a Operação Pedreira. Conforme Só Notícias já informou, é fiscalizada a venda de explosivos, materiais químicos e munições irregulares, controlados pelo Exército, em 36 empresas da região.
O promotor de Justiça em Sinop, Thiago Henrique Cruz Angelini, disse que região norte 15 estabelecimentos em 17 cidades serão fiscalizados até amanhã. Ele explica que esse tipo de fiscalização ocorre durante todo ano no país, mas no caso de Mato Grosso existe dificuldade por não haver instalações do Exército nesses locais. "Os explosivos possuem um verdadeiro "DNA", desde o momento que é fabricada precisa ter um número com código de barras e outros caracteres que vão identificar o produto desde a origem até o uso. Essa é a forma de controle para saber onde foi fabricado, quem comercializou e qual empresa utilizou o explosivo", destacou o promotor, através da assessoria.
Na fiscalização é observado a procedência e destinação de todo o produto, entre os itens observados é preciso que esteja regular a autorização de compra e notas fiscais.
Levantamento do Sindicato dos Bancários em Mato Grosso aponta que, neste ano, 50% dos assaltos em caixas eletrônicos ocorreram com uso de explosivos.