Funcionários Correios decidiram iniciar, hoje, greve por tempo indeterminado e colocaram faixas e cartazes com cobranças para a direção. “Nosso trabalho tem valor, nossa saúde não tem preço” e “por nenhum direito a menos. Avançar rumo a conquista”. De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso (Sintect), Jonas Oliveira dos Santos Lemes, o movimento é devido a suspensão no atendimento via convênio médico em um hospital.
“Hoje, nós estamos paralisados por conta do não atendimento ao nosso plano de saúde, não atendimento médico aos trabalhadores de Sorriso. As informações que foram passadas é que estão em negociação para estar resolvendo problemas de pagamento para o hospital aqui em Sorriso. Os Correios pagam um plano e eles têm que fazer esse repasse para o hospital e isso não está acontecendo. Essa mobilização partiu de um descontentamento dos trabalhadores, já há algum tempo. A gente mandou ofício para a empresa (de plano de saúde), eles pediram um prazo de 15 dias, nós aceitamos o prazo e, infelizmente, venceu e não chegou nenhuma resposta”, explicou.
Ainda de acordo com o diretor, “o plano mandou que precisava ser emitida uma nota do hospital e que estava dependendo dessa nota para acertar o repasse, voltando ao atendimento. Hoje, quando começando o movimento o diretor do hospital nos informou que não tem nada de nota”. “A gestão dos Correios fez um movimento desnecessário, chamando a polícia, dizendo que a gente estava tumultuando. Como pode ver, estamos num movimento extremamente passivo, pressão para cima dos trabalhadores que não vão a aceitar”, emendou.
Outro lado
O núcleo de atendimento regional dos Correios informou que “está empenhado em resolver os impasses com o prestador”, “que os pagamentos (Lotes mensais) se encontram em dia, porém, existem algumas pendências de glosas (as glosas acontecem quando as informações sobre um atendimento fornecidas pelo prestador não batem com o registro no banco de dados do plano de saúde) técnicas, para as quais se faz necessário apresentação de justificativa pelo prestador. As glosas, de acordo com o contrato tem o prazo de 60 dias a partir da data de liberação do valor para emissão de nota fiscal, para serem recursados, ou seja, o prestador recorre e justifica os valores que foram glosados para que nosso faturamento reanálise aquela conta. Neste caso, ocorreu que houve perdas de prazos por parte do prestador em questão, não sendo possível efetuar o recurso eletrônico”. “Está sendo realizado um levantamento das pendências apontadas
pelo mesmo, de forma que sejam sanadas e os atendimentos retomados com maior brevidade possível. Lembramos ainda que um montante já foi processado e encaminhado para pagamento”.