Parte dos funcionários dos Correios, em Mato Grosso, cruzou os braços, hoje, por tempo indeterminado. A assessoria de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Correios, Telégrafos e Servidores Postais (Sintect-MT) afirmou, ao Só Notícias, que o movimento atinge todos os municípios do Estado, incluindo Sinop. Não foi informado, portanto, a quantidade de profissionais que já pararam as atividades. De acordo com o sindicato, algumas agências estarão fechadas nesta quinta-feira e outras com o atendimento reduzido.
Ainda de acordo com a assessoria, a tendência é de que nos próximos dias o movimento grevista cresça, podendo haver uma paralisação total. Atos e mobilizações públicas estão previstos para os próximos dias. Além de Mato Grosso, pelo menos outros 14 estados também decretaram greve, hoje, aderindo a um movimento nacional. Segundo o sindicato, os demais ainda realizam assembleias para decidirem se irão aderir ou não.
Em Sinop, o representante da categoria, Elizeu Barbosa da Silva, informou que, por enquanto, apenas as entregas foram afetadas. Cerca de 80% delas não estão sendo realizadas.
Conforme Só Notícias informou, a principal reivindicação da classe é que o plano de saúde, pago pela empresa, não seja “terceirizado” obrigando assim os servidores a se associarem a uma empresa particular. Além disso, querem mudar o horário de entrega de cartas, que atualmente é à tarde, para a parte da manhã. A alegação é de que seria necessário evitar que os empregados fiquem tão expostos ao sol.
Eles cobram ainda, que a empresa cumpra alguns pontos do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) que estariam sendo descumpridos, como, por exemplo, o direito a um reajuste anual (porcentagem não informada), referente ao tempo de serviço ou à méritos dos servidores.
Outro lado
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da empresa, em Mato Grosso, informou, ontem, que “os Correios estão cumprindo o que foi acordado no Tribunal Superior do Trabalho a respeito do plano de saúde: todos os atuais benefícios estão garantidos, inclusive dependentes cadastrados, porcentagem de compartilhamento, entre outros”.
Além disso, afirmou que a empresa tem se reunido mensalmente com os representantes dos trabalhadores de todo o Brasil na Mesa Nacional de Negociação Permanente. “Assim não há justificativa para paralisações”.
Detalhou ainda, que “de toda forma, os Correios têm preparado um plano de contingência que irá garantir a entrega de cartas e encomendas, bem como o atendimento nas agências, em caso de uma eventual paralisação”.