Os trabalhadores iniciaram greve, hoje, reivindicando mudança no horário de entrega de cartas, mais segurança nas unidades e melhora do plano de saúde. Até o momento, a paralisação abrange 120 bairros em Cuiabá e Várzea Grande. Os funcionários dos municípios de Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Rondonópolis já sinalizaram pela adesão.
A greve regional ainda não discutirá questão salarial, segundo informa o diretor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso (Sintect-MT), Alexandre Aragão, que deverá ser requisitada no próximo mês em Brasília. Ele explica que a insegurança nas unidades é um fator que contribuiu para a paralisação, que não tem data para terminar. "Hoje, mais uma agência foi roubada no interior, na cidade de Primavera do Leste, e entra para a estatística de 55 unidades que passaram por assalto neste ano".
A categoria reivindica contratação de mais vigilantes e instalação de portas giratórias. O diretor aponta ainda que o clima extremamente quente e seco nessa época do ano, compromete a saúde dos entregadores e sugere que a melhor alternativa é mudar o horário de entregas das correspondências, somente para o período matutino.
O diretor suplente, Sérgio Lessa, esclarece a necessidade de mais contratações de funcionários, pois muitos entram de licença médica, o que provoca desfalque de pessoal e atribuição excessiva aos demais.
A categoria se reúne, esta tarde, na unidade do Cristo Rei, em Várzea Grande, para levantar adesão e rumos do movimento grevista.
Em setembro do ano passado, trabalhadores paralisaram os serviços por 12 dias, sob protesto por mais segurança e reajuste salarial.