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Funcionários de indústria de alimentos em Lucas entram em estado de greve

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Os trabalhadores de uma indústria de alimentos, instalada no município, decidiram entrar em estado de greve após assembleia geral, realizada ontem, no auditório da câmara de vereadores. Aproximadamente 4,5 mil funcionários poderão cruzar os braços, caso a empresa não reabra negociação nos próximos 15 dias, a partir de hoje. A categoria reivindica, reposição imediata da inflação e o aumento real do salário (cerca de 13% no total).

Pela Convenção Coletiva de Trabalho, a empresa propôs o pagamento de 5% de reposição salarial, aumento de R$ 20 no vale-alimentação e mais R% 25 de bônus no vale-alimentação entre janeiro e outubro do próximo ano. Também propôs um bônus anual de R$ 343 (prêmio de excelência, já recebidos), segundo o sindicato profissional da categoria. No entanto, a proposta apresentada pela empresa não atende às expectativas dos trabalhadores, que também denunciaram más condições de trabalho e descumprimento da Norma Regulamentadora nº 36, que trata de novas regras de saúde e segurança em frigoríficos (em vigor desde 2013).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Cooperativas de Carnes e Derivados da Alimentação e Afins de Lucas do Rio Verde (Sintralve), Valdeci Scherer, desde outubro (data-base) a categoria enfrenta dificuldades no avanço do reajuste salarial. O salário base atual da categoria no município é de R$ 923, chegando a R$ 973 após o período de experiência para auxiliares de produção.

"Os trabalhadores estavam insatisfeitos com as negociações até o momento, então ontem fizemos uma nova assembleia para tentarmos renegociar com a empresa a decisão da maioria. Entendemos que o trabalho em frigorífico é sacrificante e, por isso, estamos pedindo o que a lei garante e o que entendemos ser o justo para o trabalhador".

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins), Artur Bueno de Camargo, destaca que a confederação, representante de 400 mil trabalhadores do setor no país, está acompanhando o andamento das negociações.

"Estamos aqui para apoiar o sindicato e os trabalhadores da categoria. Estamos atentos à desenvoltura dessa negociação e preparados para agir, caso a empresa não atenta às reivindicações".

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