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Funasa pede auxílio da PF para recuperar 5 veículos

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A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) pediu apoio à Polícia Federal e denunciou ao Ministério Público Federal (MPF) o prejuízo no atendimento aos índios xavantes da região de Barra do Garças (509 km a leste de Cuiabá). Os próprios índios apreenderam 5 caminhonetes, nos últimos 40 dias, que eram utilizadas para prestar serviço à comunidade.

Uma das apreensões aconteceu há 2 semanas, após a morte de um índio Xavante de 26 anos, que sofria de apendicite. Ele morreu por complicações durante cirurgia no Hospital Municipal de Campinápolis (225 km a oeste da Capital). O veículo foi retido pelo cacique da aldeia, pai do jovem, alegando que o carro representava o filho e por isso não o devolveria.

Segundo o coordenador regional da Funasa, Marco Antônio Stangherlim, a ação só não terminou com feridos porque o motorista que levou o corpo à aldeia também era índio. O veículo oficial teve os 4 pneus furados e a bateria retirada para evitar resgate. Ele garante que os primeiros-socorros foram prestados ao paciente.

O coordenador aponta que as apreensões de veículos dificultam o trabalho das equipes de saúde, já que esta é a única forma de chegar até as aldeias. "Onde as equipes iam com frequência, agora fica mais difícil". Segundo ele, as negociações de resgate com os índios estão difíceis, já que as aldeias não se manifestam e algumas reivindicações de aldeias são desconhecidas, com a exceção do local onde o índio morreu. Por isso não há previsão de quando os veículos serão devolvidos.

A expectativa da coordenadoria regional da Funasa é de que com o apoio da PF e do MP o processo de resgate seja agilizado.

Hoje pela manhã, o órgão federal vai receber mais 19 veículos para atender os indígenas. São 7 ambulâncias e 12 carros populares, que serão distribuídos aos 4 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) existentes no estado de Mato Grosso. Os Dseis Cuiabá, Xavante e Kaiapó receberão 3 carros e 2 ambulâncias cada um. O Xingu ficará com 2 carros e 1 ambulância. "Espero que eles não apreendam estes também. Eles não perceberam até agora que os maiores prejudicados nesta história são eles mesmo".

A preocupação de Stangherlim ocorre porque só nos últimos 3 anos a Funasa já adquiriu 57 veículos novos, sendo 14 apenas nos últimos 2 meses. O coordenador diz que os pedidos de envio de novos carros são frequentes. "É difícil, porque a gente sabe das necessidades deles e esta é a única forma de locomoção na região. Então, eles apreendem e usam, até acabar com os carros".

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