A Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou, esta tarde, que alguns 4 servidores e mais 3 pessoas funcionárias de uma empresa continuam sendo mantidos em poder dos índios Kayabis, na divisa entre Mato Grosso e Pará, desde segunda-feira (17). A assessoria de imprensa do apontou, em comunicado enviado ao Só Notícias, que “o clima é pacífico”, informa a instituição. Os índios não liberaram as pessoas em protesto a construção da usina hidrelétrica São Manoel, prevista entre Paranaíta (370 km de Sinop) e Jacareacanga, e cobram a demarcação de terras. O órgão apontou que essa ação estava paralisada devido a uma decisão judicial, que, há três meses foi derrubada pela procuradoria da fundação. “Com a desobstrução do processo, a Funai dará continuidade aos procedimentos de demarcação de referida terra, com publicação, ainda este ano, de edital de licitação, para contratar a empresa que procederá a demarcação física da T.I. [Terra Indígena] Kaiaby, objeto do seu interesse”.
Conforme Só Notícias já informou, os reféns foram a aldeia para uma reunião, sobre a construção da usina hidrelétrica. Os índios ainda avaliam a liberação deles. O barramento da usina formará um reservatório com área total de 63,96 quilômetros quadrados, segundo a Empresa de Pesquisa Energética, que prevê o leilão do projeto para dezembro. O objetivo é contratar energia para o mercado das distribuidoras em 2016. A energia gerada será suficiente para atender população de aproximadamente 2,5 milhões de pessoas.
(Atualizada às 17:43h)