Está em funcionamento em Sorriso, a salas de depoimento especial para ouvir crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência, no espaço são aplicados estrutura e método especializados de acolhimento. O juiz Anderson Candiotto explicou que esse conceito foi criado no Rio Grande do Sul e passou a ser aplicado em vários municípios do país. “Nós tivemos em 2017 uma lei federal que regulamentou essas salas como meio legal e próprio para colher os depoimentos de crianças e adolescentes vítimas de abuso. Foi criado esse ambiente em Sorriso, e há pouco dias começou a funcionar”.
No dia da audiência, o horário e trajeto da criança são definidos de modo que não haja contato com o acusado. Em vez do juiz, um servidor treinado ouve a vítima no espaço e a conversa é gravada. O vídeo é transmitido em tempo real para o local onde estão juiz, promotor e advogado do réu. Em certos locais, há interação entre as pessoas presentes no ambiente do tribunal e o entrevistador na sala de depoimento por telefone ou ponto eletrônico. Após a conversa, o material é arquivado e só volta a ser usado se necessário para produzir prova.
“O resultado é muito produtivo. São feitos estímulos e apresentado instrumentos que ela (criança) usa para representar a agressão sofrida”, pontuou a promotora de justiça, Maysa Fidélis.