O diretor do Hospital Veterinário (Hovet) da Universidade Federal de Mato Grosso, campus de Sinop, Fábio José Lourenço, considerou, em entrevista, ao Só Notícias, que o método de ensino acadêmico do curso pode ser comparado ao dos grandes centros. A unidade tem estrutura de 3 mil metros quadrados para atendimentos cirúrgicos em pequenos e grandes animais.
“A unidade hospitalar conta com ambulatórios, salas cirúrgicas, espaços para atendimento de cirurgias de grandes animais. Além dos laboratórios para exames de necropsia, parasitologia, doenças infecciosas, especialidades, acupunturas e uma série de outras atividades. Também atendemos animais silvestres. Além disso, temos o apoio de laboratórios que subsidiam as nossas atividades com algumas especialidades de dermatologia e oftalmologia. O aluno que se forma na UFMT de Sinop não perde em nada para estruturas de grandes centros”, disse Lourenço.
Ainda de acordo com o diretor, estão cursando medicina veterinária mais de 400 alunos com uma média de 32 formandos por semestre. “Também temos o programa de residência onde o profissional de medicina veterinária comtempla 24 médicos. Esses estão exercendo a profissão sob supervisão. Nós temos, em média, 32 formandos por semestre e um curso que tem mais de 400 alunos matriculados na graduação. Temos uma série de atividades que desde o início do semestre os alunos são introduzidos”.
Ele explicou ainda que o hospital cobra uma taxa simbólica dos atendimentos apenas para custear o pagamentos dos materiais usados em uma castração, por exemplo. “É uma taxa já subsidiada destinada a manutenção das nossas atividades e continuidade dos atendimentos por parte dos professores, técnicos e alunos da universidade. Nós recebemos anualmente R$ 200 mil do governo federal apenas para formação dos nossos alunos. Caso aumente o volume de atendimento é necessário que seja custeado o material que é gasto. É por isso que optamos dentro desse projeto de extensão fazer a cobrança desses atendimentos e isenção dos que comprovadamente não possuem condições financeiras”.
No ano passado, cerca de 210 cães e gatos foram castrados durante o período de aulas (projeto que os proprietários dos animais pagam apenas os custos). Também foram realizados 1,5 mil atendimentos clínicos, 570 cirurgias e mais de 6 mil exames de sangue, bioquímicos, raio-x, dentre outros.
Conforme Só Notícias já informou, na última segunda-feira o diretor regional da secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema), Sandro Depiné entregou ao pró-reitor da universidade, Roberto Carlos Beber, o licenciamento de funcionamento do Hospital Veterinário. A licença estava em andamento desde 2012 e sem ela o hospital corria o risco de interromper suas atividades – parte delas gratuita (consultas, cirurgias em cães, gatos e grandes animais). Houve isenção de R$ 33 mil para a instituição, onde mais de 400 acadêmicos estão cursando medicina veterinária.