Representantes das Polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária e do Ministério Público Estadual estiveram, ontem, reunidos com uma comissão de garimpeiros da Serra da Borda, em Pontes e Lacerda, para negociar a saída espontânea e pacífica da área. O coronel da Polícia Militar, Alberto de Barros Neves, explicou que os garimpeiros procuraram a polícia reivindicando 30 dias de prazo para deixarem a área.
Posteriormente, em uma reunião com o coronel e representantes de demais instituições, ficou esclarecido que a dilação não é de competência dos órgãos mobilizados para a desocupação. E ainda, que existe uma decisão judicial que precisa ser cumprida dentro do prazo estabelecido.
A partir desses esclarecimentos, as forças de segurança acordaram com os garimpeiros que até esta sexta-feira (15), mesmo com a intensificação das abordagens policiais, somente serão presos aqueles que forem flagrados com ouro, droga e arma, ao contrário do que vinha ocorrendo na última semana.
Entre o dia quatro e 12, por exemplo, a PM prendeu cerca de 30 garimpeiros, apreendeu detectores de metais, motores, geradores de energia, entre outros equipamentos utilizados na exploração garimpeira.
O entendimento entre os “porta-vozes” dos garimpeiros e os responsáveis pela desocupação prevê ainda que de 16 a 18 de janeiro nenhum garimpeiro terá permissão para entrar na área, mesmo sob argumentação de que estão com materiais e equipamentos no local. Já para o dia 18 (segunda-feira) o acordo é que ao final do dia não haja garimpeiros no local.
O coronel Alberto informou que para o dia 19 deste mês esta prevista uma vistoria geral no garimpo, a ser feita pelas polícias Federal, Militar e Civil. Isso, para que no dia 20 a área possa ser repassada à Força Nacional, a quem caberá vigiar e impedir novas invasões.
Além de garimpeiros, participaram da reunião o coronel Alberto Neves, o promotor Frederico César Ribeiro, os delegados Wagner de Moraes Alamino e Vitor Chab Domingues, da Federal e da Judiciária Civil, respectivamente, além do o inspetor Antônio, da PRF, e o major Jean, do Gefron.
Hoje, representantes de todos os órgãos envolvidos na operação vão se reunir com o juiz e o presidente da seccional da OAB-MT para expor o plano de desocupação. “Vamos explicar como estamos agindo e quais e como serão executados os próximos passos da desocupação”, completa o coronel Alberto.