A vendedora de ferramentas, Natalya do Nascimento Campos descreveu que foi “desesperador porque não sabíamos ao certo o que estava acontecendo. Foi aquela correria e todos estavam com muito medo de ter uma explosão”. Ela estava com o filho, de 4 anos, e o marido fazendo pela primeira vez uma viagem de avião e iriam para praia de Porto de Galinhas (PE).
“Embarcamos por volta das 1h35 e 1h50 já estava na pista. Quando pegou uma certa velocidade, o piloto parou o avião de uma vez e ficamos sem saber o que estava acontecendo. Ele falou um código, a aeromoça chegou gritando para sair do avião. Nós não conseguimos abrir as saídas de emergência. Tinha muita gente. As pessoas começaram a descer e, neste momento, ela disse que o avião poderia explodir. Foi um desespero total. Com força do vento das turbinas, as pessoas foram empurradas e, por isso, ficaram machucadas”, disse, em entrevista, ao Só Notícias.
A vendedora disse ainda que pareceu “uma cena de filme. Ver o desespero das pessoas e tentando ajudar as outras, correndo para sair. Tinha uma gestante que estava passando mal. O pior é que a gente não sabe o que aconteceu”.
Após perder um dia das férias que planejou em janeiro, Natalya embarca hoje à tarde em um novo voo. “Conseguimos remarcar a passagem hoje para às 16h30, mas perdemos um dia das férias que a gente já vem programando há quase um ano. Ficamos com um pouco com medo de viajar, mas tenho certeza que dará tudo certo”.
Além deles, estavam outras 129 pessoas e todas tiveram que deixar o avião às pressas pelas saídas de emergência do avião da Azul Linhas Aéreas, que realizaria o voo do aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande/Cuiabá para o André Franco Montoro, em Guarulhos (SP), que teve decolagem abortada após identificação de uma pane e o comandante do voo realizou procedimento padrão previsto para esse tipo de situação, conforme Só Notícias já informou.
Por nota, a empresa afirmou “que está prestando todo o apoio necessário, lamenta o ocorrido e reforça que ações como essa são necessárias para garantir a segurança de suas operações.”
Nas redes sociais, alguns passageiros que estavam no voo e tiveram que descer pelo escorregador inflável publicaram vídeos com ferimentos pelo corpo. Em outro, mostra alguns desesperados buscando sair do avião.