A FAB (Força Aérea Brasileira), por meio de nota oficial, voltou a afirmar que ainda não é possível apontar responsáveis pela queda do Boing 737-800, da Gol.
De acordo com o comunicado, não existe qualquer dado ou informação que indique a culpa do Legacy na queda do avião da empresa brasileira.
Segundo a nota, as investigações, que envolvem a análise da caixa-preta dos dois aviões, ainda estão em andamento.
Informações preliminares dão conta que os pilotos do jato Legacy, da Embraer, que se chocou com o Boeing 737 da Gol, na última sexta-feira, não seguiram o plano de vôo que determinava altitude de 36 mil pés, ignoraram constantes chamados da torre de controle e desligaram o aparelho anticolisão. Porém, logo após o acidente o aparelho teria voltado a funcionar.
Em uma reconstituição dos vôos das duas aeronaves envolvidas na colisão, nenhuma falha de cobertura dos radares ou na comunicação das torres de controle foi detectada. De acordo com os depoimentos colhidos pela comissão de investigação, o transponder (anticolisão) do Legacy estava ligado quando o jato levantou vôo em São José dos Campos (SP) rumo a Manaus.
Leia a íntegra da nota:
“O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer) informa a respeito do desenvolvimento dos trabalhos de hoje na região de Cachimbo:
1) O Comando da Aeronáutica reitera que não existe nenhuma confirmação em relação a possíveis responsáveis pelo acidente. Seria prematuro atribuir possíveis responsabilidades ou estabelecer-se qualquer juízo de valor a respeito e tecer comentários neste momento, uma vez que as investigações da ocorrência estão em andamento.
2) A operação militar de busca e resgate da Força Aérea Brasileira na área foi reiniciada hoje ao nascer do sol e que a meteorologia na região está favorável.
3) Cerca de 90 militares encontram-se na área da fazenda Jarinã para prosseguir nos trabalhos para localização e remoção das vítimas. Outros cem militares estão atuando no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), na Serra do Cachimbo.
4) Hoje pela manhã, uma aeronave VU-9 Xingu foi engajada na operação para prestar apoio logístico. No total, oito aeronaves, das quais cinco helicópteros, estão sendo empregadas no dia de hoje.
5) Desde ontem (3/10), um médico, familiar de uma das vítimas, está acompanhando voluntariamente, no local do acidente, os trabalhos dos legistas e verificando as dificuldades de pré-identificação dos despojos mortais.
6) Doze militares de unidades do Comando da Aeronáutica, entre eles oito médicos, componentes da Unidade Celular de Saúde, chegarão hoje ao CPBV com três módulos médicos, incluindo um centro cirúrgico, para prestar apoio às equipes que estão trabalhando na operação.
7) Um outro boletim deverá ser emitido ao final do dia com informações mais atualizadas sobre a operação que está em andamento na área.”