O corpo do ex-prefeito em Porto Alegre do Norte Luiz Carlos Machado, o ‘Luiz Bang’, foi sepultado, ontem à tarde, no cemitério de Confresa (1.130 quilômetros de Cuiabá). A informação foi confirmada pela funerária Pax Bom Pastor. Ele foi assassinado, na última sexta-feira à noite, em sua chácara, localizada no município, às margens da BR-158, na saída para Porto Alegre do Norte. Machado foi baleado e chegou ser socorrido, no hospital de Confresa, por volta das 21hs, onde chegou em estado gravíssimo. Luiz, de 61 anos, não resistiu e faleceu.
O delegado de Confresa, André Rigonato, disse para A Gazeta, que os policiais civis retornaram ao local do crime neste sábado para acompanhar a perícia balística realizada por servidores da Perícia Técnica e Cientifica (Politec) . O delegado aguarda o laudo dessa perícia para esclarecer se o crime foi execução, uma das teses levantadas. Segundo Rigonato, a suspeita é que o tiro fatal tenha sido efetuado a uma distância entre média a longa, já que a vítima estava sentada na frente da casa com familiares quando foi alvejada. Testemunhas negaram que houve assalto ou que viram algum suspeito. Ainda de acordo com a Polícia Civil, nenhum suspeito foi detido. Testemunhas foram até a delegacia para ajudar nas investigações.
Fazendeiro, Luiz foi um dos pioneiros do muncipío de Confresa (região Araguaia) e, ano passado, tentou disputar a prefeitura mas foi impedido decisão judicial. Diferente do informado anteriormente, ele não foi prefeito em Confresa. Foi gestor no município vizinho de Porto Alegre do Norte e tentou concorrer a prefeito em Confresa.
Em 2009 o ex-prefeito chegou a ser preso pela Polícia Federal durante a Operação Pluma. Na época outras 15 pessoas também foram detidas acusadas de crimes que iam desde grilagem de terras, confecção de títulos de domínio falsos, invasão de áreas, ameaças a fazendeiros e até homicídios. Dentre os presos seis eram oficiais da Polícia Militar que davam apoio a organização criminosa.
No mesmo ano, o Ministério Público Federal denunciou Luiz Bang, vereadores de Confresa e servidores federais por fraudar o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) no município, na Operação Publicanos. Os acusados receberiam benefícios, como pensão por morte e aposentadoria especial para trabalhador rural, apresentando informações falsas ao órgão. O MPF identificou 30 benefícios adquiridos de maneira ilícita. Juntos eles causaram prejuízos no valor de R$ 2,2 milhões aos cofres públicos.