O ex-delegado em Sinop, Arnaldo Agostinho Sotanni, vai mover uma ação contra o Estado na Justiça comum e também recorrer novamente da exoneração ratificada, ontem, no Diário Oficial, sob a acusação de furto de gado e corrupção passiva. Ele se disse injustiçado em entrevista ao Só Notícias, esta tarde, e que a medida seria uma retaliação. Negou ter recebido propina, mas confirmou o recebimento de um cheque no valor de R$ 5 mil, que alegou ter sido oferecido por um fazendeiro, pelos serviços que prestou com amigos “ao recuperar, em Porto Esperidião, cerca de 257 cabeças de gado”, roubadas em Carlinda, região de Alta Floresta. Mesmo apresentando provas, declarou que não foi inocentado.
Em agosto do ano passado, o ex-delegado foi afastado do cargo e pediu reconsideração ao Poder Judiciário, negado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), que manteve a acusação, além de negligência em sua função, a fim de obter proveito para si, ou para terceiro, além de associação a mais pessoas para formação de quadrilha e recebimento de vantagem em função do cargo.
Ele também foi acusado de tráfico de drogas em Catalão, no estado de Goiás, em 2010. Lá, segundo a Polícia Civil, foi preso ao pousar em um aeroporto com um avião de pequeno porte de um amigo, com suposto carregamento de droga. Ainda segundo o Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc), por não encontrar o entorpecente exatamente dentro do avião e, por falta de provas a Justiça de Goiás o absolveu em 2012.
O ex-delegado mora atualmente em Colíder e leciona a acadêmicos de direito em uma faculdade particular, e vai abrir um escritório de advocacia.