Estudos preliminares realizados pela Superintendência de Defesa Civil, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), no Véu de Noiva levaram ao entendimento de que a atual trilha – que dá acesso ao pé da cachoeira – deve ser interditada permanentemente para visitação. O coordenador de Resposta a Desastres e Reconstrução da Defesa Civil, major Elton Guilherme Crisóstomo, destaca que foram verificadas outras fissuras no paredão e não é possível prever quando haverá outra queda como a de segunda-feira. Por isso, prevendo a segurança dos turistas, a orientação é para que a trilha seja desativada. “Chegou um aviso da natureza”, aponta.
Os trabalhos de análise da Defesa Civil no local continuam e o major Crisóstomo aponta que o produto final será um documento, que será apresentado ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que é responsável pela administração do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Neste documento serão apontadas áreas definidas como seguras aos turistas e sugestões para a continuidade da visitação ao local.
“Vamos sugerir ao Ibama medidas preventivas. A visitação, da forma que está, não pode mais acontecer. A trilha é difícil e acidentada e não oferece mais segurança para este tipo de atividade (caminhadas)”, enfatiza o major.
O coordenador aponta ainda que o processo erosivo, a ação do tempo, ventos e outros agentes externos é que provocaram o tipo de deslizamento ocorrido na segunda-feira, mas que não é possível prever em que tempo essas ações acontecem. O local está sendo analisado no aspecto geomorfológico, levando em consideração a segurança.
A equipe da Defesa Civil esteve no local na terça-feira, fazendo o levantamento de informações da área e a demarcação de novos acessos. A avaliação da Defesa Civil é realizada a pedido do Ibama. O pedido veio após o acidente ocorrido nesta segunda-feira, que deixou cinco turistas feridos. O barranco cedeu no momento que um grupo de 25 pessoas fazia trilha no local.