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Estudo mostra que modal crescerá 10 vezes menos que ônibus em 30 anos

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A procura pelo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande deverá ficar estagnada por ao menos, 35 anos. O modal terá um crescimento 10 vezes menor do que a procura por ônibus municipais e intermunicipais no mesmo período, nas duas cidades por onde passarão os trilhos do VLT.

Conforme o estudo apresentado na última quinta-feira, em Cuiabá, pelo governo do Estado, a consultoria KPMG analisou que o VLT poderá ter um aumento de 6,2% até 2045, número muito inferior ao da busca pelos ônibus que poderão aumentar em até 74,7%.

De acordo com secretário de Estado de Cidades, Eduardo Chiletto, o estudo contraria a hipótese de autogestão do modal, defendida pela gestão anterior. “À medida que o tempo passa parecia que mais pessoas, proporcionalmente, iriam usar o VLT e a modelagem mostrou o contrário. Daqui a 35 anos, a quantidade e percentual de pessoas que vão usar ônibus serão maiores do que hoje e a quantidade de pessoas que usaria o VLT vai ser menor em 2045. Então mostra que o VLT não é um modal que vai ter uma maior utilização, pelo contrário, isso mostra que ao longo do tempo ele vai diminuir a quantidade de pessoas que vão usar ele”.

Segundo o secretário do Gabinete de Assuntos Estratégicos, Gustavo Oliveira, a KPMG analisou diversos cenários, porém, em todos eles o crescimento do modal não acompanha o de outros transportes coletivos, porque Cuiabá e Várzea Grande não contam com um crescimento vertical e sim, horizontal. Ou seja, a região metropolitana tem uma expectativa de aumentar o número de bairros periféricos, que são servidos pelas linhas de ônibus, ao invés de construções de prédios e empreendimentos ao longo da linha do VLT.

“Para que haja um crescimento no modal terá que se investir em políticas para um adensamento populacional, seja com residências ou empreendimentos, ao longo do eixo do VLT", argumentou.

Segundo a KPMG, na atual conjuntura a demanda do VLT praticamente ficará estagnada até o ano de 2045. Nos dois cenários analisados, seja o VLT sozinho ou VLT integrado com ônibus, a estimativa é que usuários somente do novo modal em 2015 seriam de 6,3 milhões de passageiros por ano, sendo que daqui a 10 anos, em 2025, o número iria para 6,5 milhões, em 2035 aumentaria para 6,6 milhões e em 2045, para 6,7 milhões representando um crescimento de apenas 6,2% em 30 anos.

Em um segundo cenário, desta vez com a integração entre ônibus e VLT, a estimativa de passageiros por ano em 2015 seria de 29,5 milhões, passando para 30.217 dentro de nove anos, seguindo 30.229  em 2035 e chegando a 30.358 no ano de 2045, um crescimento de 2,73% em 30 anos.

Ao contrário do baixo crescimento de passageiros do VLT, o número de usuários de ônibus da Grande Cuiabá aumentará muito no mesmo período. Segundo o estudo, em 2015 o modal teve 43.763.584 usuários e a projeção é de que o número chegue a 53.399 até 2025; 64.711.434 em 2035 e alcance 76 mil dentro de vinte anos. Com isso, o crescimento de passageiros será de 74,7% nos próximos 30 anos.

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