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Estoque de gás em Sinop está acabando devido ao bloqueio na BR-163

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Hoje é o terceiro dia de bloqueio para cargas, sem interrupção, na BR-163, em Lucas do Rio Verde. Muitas empresas que aguardavam suas mercadorias da capital ou de outros Estados, já começam zerar seus estoques. Distribuidoras de gás de cozinha também estão enfrentando este problema.

Só Notícias apurou em algumas revendedoras, que os estoques devem terminar hoje.
Na empresa de Rosita Otília Finger, os cerca de 400 botijões que estão no estoque não devem passar de hoje. Rosita destaca que as três carretas com cargas para Sinop, estão paradas nos bloqueios e aguardam a liberação da rodovia para prosseguir viagem. Em outra distribuidora a falta de estoque começou na semana passada.

Outros setores também podem ter falta de produtos se os bloqueios persistirem por muitos dias. Duas distribuidoras de combustível de Sinop já não possuem mais estoque e em outro a previsão é que acabe hoje. Alguns postos prevêem a falta de gasolina, álcool e diesel a partir de amanhã. Alguns não possuem mais diesel e estão racionando as vendas, impondo limite no abastecimento.

A preocupação também é no segmento de alimentos. Cerca de 270 toneladas de alimentos deixaram de chegar no maior atacado de Sinop. Segundo o gerente Paulo Fidellis Miranda, o estoque da rede, que possui supermercados em Sinop e Colíder, deve durar para os próximos 20 dias. Já produtos como verduras e frutas, pode faltar.

O bloqueio deve prosseguir hoje na BR-163 no Nortão. Em Sinop, Sorriso e Nova Mutum produtores e caminhoneiros também impedem a passagem de cargas, de qualquer produto. Amanhã uma nova reunião deve acontecer em Brasília, entre produtores, prefeitos e o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. O ministro deve dar uma resposta às reivindicações entregues na terça-feira pela categoria.

Caso não haja uma resposta positiva os bloqueios devem continuar, até o próximo dia 16, quando agricultores de todo o país se reúnem em Brasília, no segundo Tratoraço. No mesmo dia governadores de vários Estados se reúnem com o presidente Lula e cobram soluções para o setor.

Entre as reivindicações:
1- Pacto de 180 dias com todos os credores, sejam eles empresas e/ou instituições financeiras dos setores privado e público.
Neste período, precisamos de apoio do governo para construir um plano de refinanciamento dos débitos. Solicitamos que neste período nenhum produtor seja incluído nos sistemas de restrição de crédito, como Serasa, Cadin, protesto ou ajuizamento. Esta medida é emergencial dada a total falta de liquidez do setor.

2- Desoneração do óleo diesel.
Somente com o frete estamos gastando cinqüenta por cento (50%) da nossa produção.Com o fim da subvenção do óleo diesel em 2001, o item passou a ser um dos mais caros do mundo e principal responsável pelo aumento do custo de produção da agropecuária.

3- Cumprimento da Política Agrícola prevista na legislação vigente
A garantia de preços mínimos está prevista na Lei 8171/91, que institui a política agrícola brasileira, e na Lei 4504/64, que institui o Estatuto da Terra, e no Artigo 187 da Constituição Federal. Os preços fixados atualmente não cobrem os custos de produção.

4- Alocação de recursos suficientes para sustentação de preços.
Ampliação do teto para AGF, EGF, PEP e contrato de opção com recursos liberados diretamente ao produto

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