Os secretários de Meio Ambiente da Amazônia Legal esperam que o Governo Federal coloque no Plano Plurianual Anual (PPA- 2008) a meta de recursos financeiros, calculados em R$2 bilhões, para o setor. O dinheiro será fundamental para a implementação de um plano macro de gestão ambiental, que está sendo traçado pelos Estados que compõem a região. A estimativa foi reforçada hoje , durante o segundo dia do seminário Instrumentos Econômicos para a Gestão Rural na Amazônia: Desafios e Oportunidades, realizado na Assembléia Legislativa de Mato Grosso.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso, Luiz Henrique Daldegan, o mais importante é que seja mantido o diálogo das secretarias estaduais com o Governo Federal para a viabilização dos recursos. “Não esperamos somente o que o Governo Federal acha que deve repassar para os Estados que compõem a Amazônia Legal, mas sim, o que suficiente para atingir as nossas metas”, disse Daldegan. As declarações de Luiz Daldegan foram reiteradas pelo secretário de Meio Ambiente do Amapá, Marcelo Ivan Pantoja Creão, que defendeu a aprovação dos recursos no PPA do próximo ano. “Se for aprovado, teremos condições de implantar um plano eficaz para o setor do meio ambiente brasileiro”, disse Creão.
O encontro entre secretários de Meio Ambiente da região da Amazônia Legal trata de instrumentos econômicos para gestão ambiental rural na Amazônia, seus desafios e oportunidades. É uma forma de promover o intercâmbio das discussões ambientais com acessibilidade de um Estado conhecendo a realidade do outro e, por conseqüência, estarem juntos na elaboração do planejamento nacional de meio ambiente.
Juína
O Luiz Henrique Daldegan aproveitou para pedir desculpas ao coordenador do Greenpeace na Amazônia, Paulo Adário e a uma equipe de jornalistas franceses, pelo incidente ocorrido ontem, em Juína. O ambientalista denunciou a ação truculenta de possíveis grileiros de terras rurais, que por meio de ameaças impediram o trabalho dos repórteres que estavam na região para mostrar a redução de desmatamento na Amazônia Legal.
Daldegan disse que o Estado não concorda com a situação, e que o Governo Estadual já providenciou ajuda do Exército brasileiro para evitar conflitos agrários naquela região. “Estamos atentos a todas as questões referentes a esse episódio com serenidade e tranqüilidade. Perdemos a oportunidade de mostrar o lado positivo de um trabalho que levou tempo para se concretizar”, lamentou Daldegan.