A secretaria estadual Assistência Social e Cidadania realizou a 10ª edição da Expedição SER Família Mulher – MT Por Elas, em Alta Floresta, entre 13 a 14 de setembro, que incluiu a capacitação de 190 profissionais da rede socioassistencial. Ao decorrer da ação, representantes dos município e também de Apiacás, Nova Bandeirantes, Nova Canaã do Norte, Nova Monte Verde, Paranaíta e Terra Nova do Norte assinaram o Termo de Adesão ao Programa SER Família Mulher.
De acordo com a secretária da pasta, Grasi Paes Bugalho, a meta é entregar uma qualificação de qualidade para que as mulheres, que estão vivendo em situação de violência, tenham um atendimento de qualidade e eficiente. “Nós estamos na 11ª Região Integrada de Segurança Pública, com sede em Alta Floresta, recebendo os municípios que fazem parte dessa região. Estamos trabalhamos para que as mulheres tenham uma abordagem diferenciada, em rede, para que elas não sejam julgadas por estarem procurando ajuda”, declarou.
Para a profissional do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) em Paranaíta, Sandra Tavares, o programa é fundamental para apoiar as mulheres vítimas de violência e a expedição possibilita que os trabalhadores da rede de proteção possam realizar atendimentos adequados e humanizados. “É algo maravilhoso que a gente pode utilizar, uma ferramenta de atendimento muito melhor para as mulheres vítimas de violência. Nos CRAS e CREAS já realizamos atendimentos às vítimas de violência, porém, com a capacitação do SER Família Mulher, temos a possibilidade de realizar um atendimento ainda melhor”, disse.
Segundo a secretária adjunta de Assistência Social (Saas), Miranir Oliveira, em um dos espaços, profissionais da rede social, de saúde e de educação participaram de treinamentos, enquanto em outro houve uma capacitação com a Patrulha Maria da Penha. Além disso, conselheiros municipais e representantes dos direitos das mulheres receberam orientações do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM) e os atendimentos da van do projeto nas comunidades.
“A van oferece um momento de roda de conversa com orientação e acolhimento das mulheres da região. Esse é um momento de interação e também de apoio às mulheres que buscam orientação ou interesse realizar atendimentos de forma individual, já que a van disponibiliza um espaço para atendimento direto, onde as mulheres podem receber informações e orientações sobre a violência doméstica”, pontuou.
A presidente do CEDM, Cenira Evangelista, declarou que a expedição é um grande passo do Estado ao levar ações e conhecimento por meio das capacitações que visam o combate à violência doméstica, principalmente em municípios mais distantes da capital. “Muitos municípios tem a dificuldade de acessar conhecimento e a expedição vem para auxiliar. O Conselho Estadual dos Direitos da Mulher tem essa prerrogativa de fomentar políticas e preparar a sociedade, de um modo geral, para os conhecimentos que vêm em prol dos direitos das mulheres. Nós estamos capacitando os Conselhos Municipais do Direito da Mulher para que as conselheiras conheçam e compreendam o que é o Conselho da Mulher, quais as suas atribuições e como constituí-lo. Além de auxiliar na criação desses conselhos, visto que, dos 141 municípios, nós temos 85 conselhos instituídos. No ano passado, era bem menos. Vejo que a expedição ajudou a fortalecer e aumentar o número dos conselhos em defesa da mulher no nosso estado”.
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