Mais de R$1,2 milhão investido pelo Departamento Penitenciário Nacional e Secretaria de Justiça e Segurança Pública em equipamentos de detecção para o sistema prisional, que começam a ser utilizados em unidades como a Penitenciária Central do Estado podem melhorar o sistema de revista de visitantes e, consequentemente, inibir a entrada de celulares entre outros objetos que acabam nas mãos de presos.
Ontem, o diretor do Depen, Airton Michels, e o secretário de Justiça e Segurança Pública Diogenes Curado fizeram a vistoria nos novos equipamentos nos presídios Central do Estado e o feminino, Ana Maria do Couto May, ambos na Capital.
Foi adquirido o que há de mais moderno em detecção de objetos, como 21 portais de alta sensibilidade e 65 detectores portáteis. Os portais de alta sensibilidade podem reconhecer objetos metálicos e cerâmicos, madeiras, plásticos e materiais compostos, exibindo as imagens em três dimensões para os operadores. O sistema prisional vai adquirir mais 20 detectores portáteis e 70 banquetas de detecção, estas utilizadas na revista feminina.
“A aquisição destes equipamentos representa um avanço para Sistema Prisional garantindo melhor fiscalização dentro das unidades para os profissionais que trabalham quanto na entrada de objetos que não são permitidos”, afirmou o secretário Diógenes.
Os portais foram instalados na sala destinada à revista de visitantes na entrada PCE e outros dois estão sendo instalados no acesso outros dois raios. Na penitenciária feminina foram instalados dois portais e os demais estão sendo fixados nas unidades do Capão Grande, em Várzea Grande, Santo Antônio de Leverger, Centro de Ressocialização de Cuiabá, Centro de Detenção Provisória de Tangará da Serra; Cadeia feminina e masculina de Cáceres; Cadeia pública e Presídio da Mata Grande, ambos em Rondonópolis. Os detectores portáteis serão utilizados nos presídios e cadeias públicas.
“São equipamentos importantes no dia-a-dia de uma unidade prisional e Mato Grosso já recebeu importantes investimentos e queremos continuar assegurando mais, pois o sistema prisional brasileiro, e não é diferente em nenhum estado, precisa de reformas consistentes e duradouras”, disse Airton Michels.
Na semana passada, agentes prisionais realizaram revista entre presos de dois raios da Penitenciária Central do Estado, e recolheram durante dezenas de celulares, drogas, armas artesanais, balanças, espelhos, baterias e chips de aparelhos de telefonia móvel. A revista foi feita com os novos detectores portáteis, o que facilita o trabalho do agente. Foram apreendidos 57 aparelhos de celular, 32 chips de diferentes operadoras, 25 baterias de celular, 10 carregadores.
O secretário adjunto de Justiça, tenente-coronel Zaqueu Barbosa, frisa que o grande número de apreensões no presídio foi possível em virtude do empenho dos agentes e das novas ferramentas de detecção encaminhadas pelo Depen. “São detectores de alta sensibilidade que possibilitou aos agentes localizar esse número expressivo de celulares, drogas e acessórios”.