Um novo equipamento adquirido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) possibilitará mais agilidade na realização de perícias em química e a ampliação da carta de serviços do Laboratório Forense. Importado dos Estados Unidos, o Sistema de Espectometria Infravermelha com Transformada de Fourier (FTIR), começou a ser utilizado pela Gerência de Perícias em Química Forense e possibilitou a primeira identificação de um tipo de explosivo de uso militar que foi utilizado em assalto a bancos.
O equipamento é capaz de detectar resíduos microscópicos e utiliza técnica não-destrutiva de prova, ou seja, preserva o material mesmo após a análise. Também é empregado na realização de exame definitivo de drogas, por meio da pesquisa de entorpecentes, além de identificar diversos tipos de substâncias comumente encaminhadas à perícia, como agrotóxicos, acelerantes, polímeros, entre outras substâncias sólidas.
Por meio de um laser de radiação infravermelha, o aparelho analisa a energia de vibração das moléculas que compõem as substâncias, gerando um espectro que é comparado com outros presentes na biblioteca do sistema.
Conforme o perito criminal Paulo Sérgio Vasconcelos, o equipamento permite constatar, em 15 segundos, a composição química das substâncias e a porcentagem das mesmas, ao acessar um banco de dados do sistema. “Uma perícia que demorava praticamente o dia todo para ser concluída poderá ser feita em questão de segundos, trazendo maior precisão aos laudos. Esta aquisição representa um avanço para a Politec, que poderá contribuir de forma célere na redução dos passivos e na resposta sobre os mais diversos crimes”, avalia.
Ainda conforme o perito, o espectrômetro será apresentado aos policiais do Esquadrão Anti-Bombas do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que poderão acompanhar os testes no sistema, para a detecção de diferentes tipos de explosivos.