O engenheiro rondonopolitano Virmondes Ferreira da Silva, está desenvolvendo um protótipo de uma estrutura em concreto armado pré-moldado flutuante, com o objetivo de utilizá-lo em atracadouros, ancoradouros, passarelas, bem como estruturas de quebra-ondas, podendo inclusive ser aplicado em portos fluviais e marítimos. Ele explicou, ao Só Notícias, que vem trabalhando no projeto há cerca de 90 dias e acredita que com mais três ensaios, o produto já poderá ser explorado comercialmente. "Meu desafio foi construir um corpo sólido geométrico, com densidade inferior à da água, tomando cuidados quanto a permeabilidade e a oxidação das armaduras."
Trata-se de um envólucro de concreto preenchido com material leve, com aditivos de fibras de polietileno, fibras de aço, podendo, conforme a necessidade da carga de utilização, ser acrescentado agregados leves. O inventor já deu início ao processo de patenteamento do produto que em breve estará sendo utilizado nas principais regiões turísticas brasileiras e mato-grossenses, visto que o custo de implantação promete ser pelo menos 30% inferior ao da estrutura de madeira e o tempo de durabilidade sem manutenção poderá alcançar de 20 a 30 anos.
Nas dimensões reais as peças terão área de 2,50m x 5,00m e altura máxima de 1,25m. O custo está previsto em R$800 o metro quadrado. A estrutura utilizada hoje, segundo ele, custa em torno de R$1.2 mil o metro. “Acredito que poderá substituir tablados e trapiches de madeira, onde hoje se utiliza aqueles barris. O mercado mato-grossense eu vejo que absorveria bastante o produto, principalmente em regiões pantaneiras e de beira de rios”, pontuou.
Ele conta que essa estrutura já é largamente utilizada em Portugal, Espanha, enfim em outras partes do mundo, mas que são feitas em materiais diferentes do seu e que todos partem do princípio de Archimedes, que qualquer corpo colocado em fluído cuja densidade seja maior que a do corpo, este irá flutuar, cujo conhecimento é de domínio público.