O júri popular condenou o enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima, 45 anos, a 18 anos e seis meses prisão, no início desta madrugada, pela morte a tiros, da juíza da Comarca de Alto Taquari, Glauciane Chaves de Melo, em 17 de junho de 2013. A pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado, pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e porte ilegal de arma.
Em depoimento no julgamento, Evanderly, que era marido da juíza, disse que foi ao fórum de Alto Taquari para mais uma tentativa de reconciliação. Contudo, alegou que ela teria dito que já estava em outro relacionamento e, por isso, começaram a discutir. "Ela disse que não tínhamos mais nada a conversar e que eu poderia me retirar da sala. Perdi a cabeça, perdi o controle e efetuei dois disparos. Não foi por amor, ela me rebaixou, me senti um inútil ali", contou. “Em momento algum eu entrei no Fórum para executar a juíza. Naquele dia, perdi a cabeça. Ajoelhei aos pés dela. Ela se exaltou, me chamou de fracassado, de gigolô e disse que eu não tinha dignidade".
O enfermeiro posteriormente fugiu ficou foragido por três dias e foi capturado pela polícia no meio da mata. Ele foi preso em 10 de junho daquele ano e pronunciado em setembro do mesmo ano pelo juiz Luís Felipe Lara de Souza, da comarca de Alto Taquari. Na decisão, o magistrado considerou a existência de provas convincentes do crime e indícios suficientes da autoria.