Os empresários Dalmio e Fábio Defanti, proprietários de uma gráfica, e Jorge Defanti, dono de outra empresa do mesmo ramo, deixaram o Centro de Custódia de Cuiabá, ontem à tarde. Eles estavam presos desde o último dia 19, suspeitos de um possível envolvimento no esquema de fraude a processo licitatório de serviços gráficos, desmantelado na Operação ‘Edição Extra’, da Polícia Civil.
Eles tiveram a prisão preventiva revogada pela juíza plantonista Maria Rosi de Meira Borba, após a magistrada acatar o argumento da defesa, devido outros investigados estarem soltos. A decisão também deu liberdade a Alessandro Nogueira, funcionário de uma das gráficas.
Em relação à acusação do Ministério Público (MPE), no qual acusa os proprietários de destruírem os equipamentos que serviriam como prova do crime, a magistrada salientou que este argumento deveria ser primeiramente confirmado. “A principal motivação para a prisão cautelar dos indiciados embasou-se na premissa de que todos eles teriam destruído, ou tentado destruir, provas que poderiam ser usadas em seus desfavores”.
Edição Extra – Ao menos 11 empresas são investigadas no esquema de fraude a processo licitatório de serviços gráficos. O prejuízo apurado já ultrapassa R$ 40 milhões, conforme investigações. A Delegacia Fazendária, que conduz o caso, acredita ser possível que desvios tenham ocorrido em outras licitações.
Além da fraude, as empresas entregavam materiais em quantidade inferior ao contratado, dividindo com agentes públicos o dinheiro pago a mais pelos serviços.