Empresários e proprietários de empresas de diversos segmentos comerciais que estão instaladas na rua João Pedro Moreira de Carvalho (considerada perimetral pela Rota do Oeste) estão insatisfeitos com a falta de asfaltamento de um trecho de ao menos 2 mil metros. O asfalto termina próximo de uma madeireira e segue até a rua Bahia, na região do bairro Alto da Glória. Eles estão fazendo uma mobilização para formalizar a cobrança na concessionária, que é responsável pelas obras.
“No tempo da seca, é a poeira. Agora, começam as chuvas e a lama tomará de conta. Nem choveu muito e já teve um ônibus que ficou atolado em frente a minha empresa. Somente nesse trecho sem asfalto são mais de 15 empresas instaladas que merecem respeito. Também pagamos impostos. Todos os anos nós fazemos o cascalhamento para evitar que os clientes quebrem seus veículos. Fazemos essa organização, mas não tem como fazer isso todos os anos. Vamos viver dessa forma até quando?. É um absurdo”, criticou a proprietária de uma mecânica de caminhões, Letícia Wujanski Ciezlak.
De acordo com o presidente do bairro Alto Glória, Agnaldo Ross, o asfaltamento é de responsabilidade da Rota do Oeste. “Quanto presidente já havíamos feito essa cobrança e necessidade de interligar esse trecho. Cobramos também que a concessionária cumpra com o cronograma. Não é obrigação da prefeitura e sim da empresa que detém o contrato de concessão. Lamentamos muito essa falta de comprometimento em não executar obra nenhuma. Apenas cortam grama e rebocam carros que quebram”.
Sem o asfalto e a manutenção adequada, um ônibus que transportava passageiros quebrou e ficou atolado ao passar por uma vala na via, no último final de semana. “São problemas frequentes e corriqueiros. Além desse ônibus, também atolam caminhões. A coisa não está boa não. É com muita tristeza que temos essa empresa na concessão da rodovia. É um descaso. Pelo que nosso bairro contribui, esse asfalto já deveria ter sido feito há anos”.
Outro lado
A Rota do Oeste informou que o escopo de obras da concessionária contempla o trecho mencionado e os serviços de readequação e pavimentação serão realizados juntamente com retomada da duplicação.
A concessionária reafirmou que é a principal interessada em resolver a situação do contrato de concessão da BR-163 e retomar as obras de grande porte de forma mais célere possível. Para isso, conta, inclusive, com o apoio da população dos municípios para ajudar a buscar uma solução junto ao Governo Federal, o que a empresa vem tentando desde 2016.
A Rota do Oeste esclarece ainda que embora as obras de duplicação não estejam ocorrendo, a concessionária segue realizando serviços permanentes em todo o segmento sob a sua responsabilidade, como a manutenção, sinalização e conservação da rodovia e das vias marginais, além da prestação de serviços operacionais, com resgate médico e socorro mecânico.