O empresário Damião Francisco de Rezende foi condenado a 23 anos de prisão por ter ordenado o assassinato da esposa Ângela Cristina Peixoto, 32 anos. Os jurados entenderam que o acusado é culpado de homicídio triplamente qualificado – mediante promessa de pagamento, por meio cruel e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ângela foi morta em novembro de 2011, em casa, com 24 facadas.
No mesmo julgamento, os jurados absolveram Eduardo Bezerra do Nascimento. Conforme as investigações, ele teria levado a dupla contratada por Damião, Daniel Paredes Ferreira e Maycon José Cardoso Nogueira, para praticar o crime. A defesa de Nascimento alegou que ele não sabia que Ângela morreria, tendo sido convidado pela dupla a cometer um furto. Ferreira e Nogueira, que confessaram o crime, foram condenados a 12 anos de prisão.
Presidido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, o julgamento durou aproximadamente 12 horas. Além dos interrogatórios dos acusados, foram ouvidas 7 testemunhas.
A tese do Ministério Público Estadual (MPE), acolhida pelos jurados, é a de que a morte de Ângela, a mando de Damião, teria ocorrido após ela ter descoberto o envolvimento dele com o tráfico de drogas. Além disso, o acusado teria a intenção de ficar com os bens adquiridos pelo casal.
O crime ocorreu em 15 de novembro de 2011, após uma festa da família. Enquanto Ângela dormia, Maycon e Daniel invadiram a residência e anunciaram o assalto. Eles teriam conseguido acesso à casa após receberem um controle remoto de Damião. Depois de recolherem pertences da residência, eles esfaquearam a empresária 24 vezes antes de fugirem.
As investigações apontaram que, além dos pertences roubados, a dupla receberia R$ 3 mil pelo crime. Eles foram detidos no Mato Grosso do Sul, durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com o carro da vítima, e confessaram o crime. O quinto participante do assassinato, Kleber Azevedo Santos, que intermediou o contato entre Damião e a dupla, já havia sido condenado a 12 anos de prisão.