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Empresa que fornece alimentos ao presídio em Sinop aponta atraso de quatro meses

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O setor administrativo da empresa responsável pelo fornecimento de alimentos ao presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, no socioeducativo de Barra do Garças, nas cadeias de Mirassol d’Oeste e de Nova Mutum admitiu estar impossibilitado de manter o cardápio diário dos reeducandos desde o último sábado (22). Foi apontado atraso nos repasses por parte das Secretarias de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e de Fazenda (Sefaz). No entanto, a empresa se negou a revelar o valor do débito.

Consta no documento que os fornecedores da empresa também suspenderam o fornecimento dos alimentos necessários para fazer as refeições. “Que são composta por arroz, feijão, carne, guarnição (macarronada, galinhada, arroz carreteiro, entre outros) e salada. Devido aos atrasos em relação aos pagamentos, desde o último sábado, não está sendo possível fornecimento de todos os itens das refeições dos reeducandos”, diz o trecho do ofício encaminhado a Sejudh, ontem.

A empresa acusa ainda que todo o transtorno é causado unicamente pela Sejudh e Sefaz. No entanto, no documento não consta nenhum valor oficial ou aproximado dos repasses que de deriam ser feitos. “Como já havíamos comunicado por diversas vezes por meio de contato telefônico e até mesmo pessoalmente à Coordenadoria de Serviços de Alimentação e Secretaria Adjunta de Administração Sistêmica da Sejudh, devido a esses atrasos em relação ao pagamentos pelos fornecimentos mencionados, estamos oficializando que desde o último sábado não está sendo possível fornecermos todos os itens que compõem cada refeição. Todo esse transtorno está sendo causado por falta de recebimento pelos fornecimentos já efetuados. Informamos que tão logo uma parte dos pagamentos seja efetuada, a situação será restabelecida. Esperamos não sofrer sansões por este órgão por descumprimento contratual, tendo em vista que a própria Sejudh juntamente com a Sefaz são responsáveis pelo que está ocorrendo".

Outro lado – a assessoria da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos informou, ao Só Notícias, que será feito uma consulta no departamento financeiro da pasta para analisar se realmente está ocorrendo estes atrasos e deve se pensionar nas próximas horas.

Conforme Só Notícias já informou, cerca de 40 pessoas entre esposas, mães e irmãs de reeducandos do presídio procuraram a sede do Ministério Público Estadual, ontem à tarde. Elas denunciaram o corte de pelo menos 90% no fornecimento de alimentação aos detentos. Segundo as manifestantes, a redução ocorreu por conta da falta de pagamento do governo do Estado para empresa que disponibiliza as marmitas.

De acordo com a mãe de um dos reeducandos, Aldenir França Silva, a redução na alimentação ocorre há pelo menos dois meses. “Todos os presos estão passando por esta situação. Ele está pagando por um crime, mas não é justo passar por esta situação. Ninguém da direção do presídio nos atende para repassar uma posição. O restaurante informou que não está fornecendo os alimentos, pois também não estão recebendo”.

A assessoria do Ministério Público informou que promotor de justiça Pedro da Silva Figueiredo Junior receberá os familiares dos reeducandos, esta manhã.

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