A coleta de sementes de diferentes espécies de mudas nativas, em árvores no centro urbano da capital e nos municípios do Vale do Rio Cuiabá, começou esta semana. O coordenador do Viveiro de Mudas de Espécies Nativas, Frutíferas e Ornamentais da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Roberto Arcanjo Ferreira, prevê que até o mês de dezembro serão coletadas mais de 1 milhão de sementes e multiplicadas no viveiro para reflorestamento de áreas degradadas e matas ciliares.
O viveiro tem 18 mil metros quadrados, onde são multiplicadas 70 espécies diferentes de plantas. Este ano, a Empaer, em parceria com o Instituto Ação Verde, vai produzir mais de 250 mil mudas de ipê (roxo, rosa, amarelo e branco), cerejeira, jatobá, moringa, cumbaru, aroeira, pitomba e outras. Após o plantio, as mudas saem do viveiro com o tamanho de 20 a 30 centímetros.
Arcanjo explica que cada árvore tem um tipo de coleta a ser feita. Para colher as sementes da aroeira, por exemplo, é necessário colocar um pano embaixo da árvore para apoiar as sementes. Em seguida, é feita a limpeza em uma peneira para retirar as cascas que ficam grudadas. Após a limpeza as sementes são plantadas em sacola plástica com terra e substrato (palha de arroz e cinza).
Outro exemplo de coleta é a do fruto do cerrado, o pequi. Para produzir a muda é necessário colher os frutos bem maduros, aqueles caídos no chão, e selecionar os melhores. Em seguida, para retirada da polpa do fruto, as sementes são colocadas em imersão num tambor com soda cáustica durante um dia. Após o banho, a semente segue para um equipamento que vai fazer toda limpeza do caroço, retirando a polpa e os espinhos. A última etapa é secar e conferir se a amêndoa está solta dentro do caroço, momento em que está pronta para o plantio. “A muda do pequi é de difícil germinação e em alguns casos, a semente poderá ser tratada antes do plantio, garantindo mudas produtivas”, esclarece.
A informação é da assessoria.