Com o objetivo de produzir 500 mil alevinos para comercialização, técnicos da Estação de Piscicultura da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), localizada no município de Nossa Senhora do Livramento, começaram na segunda-feira (17), o trabalho de desova dos peixes e cruzamento de algumas espécies como, o pacu, tambacu (cruzamento do tambaqui com pacu), e tambatinga (cruzamento do tambaqui com a pirapitinga). Em menos de 35 dias, serão retirados alevinos medindo de três a cinco centímetros prontos para comercialização.
A venda dos alevinos está programada para o final do mês de janeiro. O chefe da estação, Antônio Claudino da Silva Filho, fala que na desova foram utilizadas incubadoras de 60 litros, e em cada uma foram colocados 100 gramas de ovos, o que pode resultar em 100 mil larvas. Dessas larvas, de 30 a 70% sobrevivem e chegam a se tornarem alevinos, ou seja, entre 30 a 70 mil alevinos. Para garantir a sobrevivência e crescimento das larvas o serviço tem que ser rápido, sendo necessário remover as larvas das incubadoras e colocá-las em sacolas plásticas com oxigênio e imediatamente depositar nos tanques para crescimento.
Os peixes mais procurados pelos piscicultores para recria e engorda são os híbridos, tambacu e tambaqui que não possui muita gordura e cresce em menos tempo em comparação com o pacu. Antônio explica que os peixes híbridos em apenas 10 meses, chegam a pesar até 2 quilos, enquanto o pacu pesa em torno de 1 quilo, no mesmo período. Os preços variam de acordo com tamanho, alevinos medindo de 3 a 5 centímetros, serão vendidos a R$ 140 o milheiro, de 5 a 8 centímetros, R$ 200 o milheiro e de 8 a 10 centímetros, a R$ 250.