A vitória do Atlético sobre o Botafogo por 1 a 0 na noite desta quinta-feira, no Independência, válido pela partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil, teve dois ingredientes especiais: foi um jogo muito movimentado e contou com várias polêmicas.
As polêmicas em sua maior parte estavam vinculadas ao árbitro Dewson Fernando Freitas da Silva (Fifa-PA), que inverteu faltas, conseguiu irritar as duas equipes e ainda mandou para os vestiários mais cedo o atacante Fred e o técnico Roger Machado. No cartão vermelho ao centroavante atleticano, o juiz foi coerente, entretanto, em lances parecidos não fez o mesmo, deixando a situação confusa.
Sobre o jogo, Atlético e Botafogo fizeram uma boa partida de ida da Copa do Brasil. O confronto foi bastante movimentado e cada time dominou uma parte do jogo. No primeiro tempo, o Galo foi muito superior e só não saiu com placar maior porque Fred não estava em sua melhor noite. Na etapa complementar, o Botafogo se superou e aproveitou que o time mineiro estava com menos um jogador para se lançar ao ataque. No entanto, não conseguiu um gol e teve poucas chances claras, mesmo com a superioridade numérica.
A grande decisão será no dia 26 de julho, no Rio de Janeiro. Antes disso, as equipes voltam a campo no domingo, o Glorioso contra o Corinthians e o Atlético terá o clássico contra o Cruzeiro, no Independência, ambos jogos pelo Campeonato Brasileiro.
O duelo começou muito movimentado. O Galo mostrava que seria uma equipe diferente da que vinha se apresentando, mostrava intensidade e vontade.
Aos 7 minutos, o Atlético colocou alegria na torcida atleticana. Em ótima jogada construída pelo Galo, Fred abriu com Elias que lançou para Robinho. O camisa 7 atleticano dominou no peito e partiu pra cima, mas viu Cazares na infiltração. O passe para o camisa 10 foi perfeito, ele precisou apenas de um toque para limpar o lance e o segundo foi para soltar o grito de gol de cada garganta alvinegra mineira.
E o Galo queria mais. Pelo ânimo, muito mais! Dois minutos depois, o Atlético fez jogada parecida. Fred para Cazares, que mandou para Robinho, que devolveu no camisa 9, que deixou para o armador, que colocou para o R7 alvinegro: Robinho recebeu na frente, mas Joel Carli se esticou todo para tirar o perigo. A bola foi para escanteio. Na cobrança, nova jogada na linha de fundo e Fred, por pouco, na amplia.
O Galo em campo era intenso. Tinha a organização de Roger Machado, mas a força de tempos atrás que se perdeu ao longo do tempo. Era visível isso no momento do jogo: o Galo tinha o placar a seu favor e seguia tentando marcar, enquanto o Glorioso não tinha chegado contra a meta preto e branca.
A partir dos 15, o Galo esfriou na partida. O Botafogo conseguiu dar mais igualdade em campo, apesar de não ter tido qualquer chance clara de igualar o resultado, pois existia grande consistência defensiva do Atlético. Por outro lado, o excesso de confiança dos jogadores do Galo forçavam alguns erros com as tentativas de jogadas de efeito.
Aos 24, o Galo voltou a ter uma grande chance. O alvinegro carioca se arriscou ao ataque, mas perdeu a bola e o contra-ataque atleticano aconteceu. Em descida muito rápida, Luan recebeu na ponta direita e encontrou Fred na área, sozinho, livre de marcação. O 9 atleticano, porém, fez algo que não costuma fazer, chutou por cima, em uma oportunidade única.
A primeira grande chegada do Botafogo aconteceu aos 33 minutos. Em um vacilo da defesa atleticana, Victor Luiz conseguiu bom cruzamento e a bola passou por toda a área. O atacante Roger chutou, mas não pegou bem na bola. Na sequência, Robinho, Fred e Luan conseguiram um bom contra-ataque, mas sem conclusão.
O jogo voltou diferente. O Galo estava mais frio, mais calculista, pensava melhor as jogadas. O Botafogo não reconhecia mais o Galo em sua casa.
Antes dos 10 minutos, um lance mudou o rumo atleticano. O atacante Fred, que não fazia boa partida, foi expulso, após uma falta no meio campo. Como ele já tinha cartão amarelo, levou o vermelho. O camisa 9 deixou o gramado reclamando dizendo que o juiz estava mal intencionado.
Após a expulsão, o Galo passou aperto. O Botafogo chegava com mais facilidade e o Galo sofria bastante vendo o adversário chegar sempre com grande facilidade.
Para segurar os zagueiros, Roger Machado colocou em campo Rafael Moura, mas pouco adiantou, pois o Galo não conseguia sair jogando e o campo defensivo passou a ser mais frequentado.
Aos 38, o Galo teve sua principal oportunidade de ampliar o marcador. Em cruzamento na área, após falta, a redonda sobrou para Rafael Moura e o goleirão do Glorioso fez uma ótima defesa.