Aproximadamente 80 propriedades foram fiscalizadas pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), desde 15 de junho entre Sinop, Vera, Santa Carmem, Feliz Natal, União do Sul e Cláudia, quando passou a vigorar o vazio sanitário, período em que agricultores ficam proibidos de plantarem soja. Em sete delas, diagnosticada a presença de plantas guaxas. Produtores receberam prazo para se adequarem e eliminaram os vestígios.
A medida é adotada com objetivo de reduzir a pressão do fungo causador da ferrugem asiática. O agrônomo do órgão, Marcelo Magalhães Pioli, explica que apesar das detecções, a situação é considerada sob controle. Mas lembra que é preciso haver atenção. “Não chega a ser preocupante, porém, o que pedimos ao produtor é que respeite o período”, declarou, ao Só Notícias/Agronotícias.
Das áreas confirmadas, duas estavam em Sinop, duas outras em Santa Carmem, e, em Vera, três. Dentre estas três últimas, explica o agrônomo, havia uma com cerca de 500 hectares contendo resquícios da oleaginosa. “Quando o agricultor realiza a colheita a semente cai. Como alguns não plantam em seguida, a planta germina. As vezes ocorre por um descuido, falta de atenção”, salientou.
Ele lembra ainda que neste ano as condições climáticas adversas propiciaram a incidência maior de plantas guaxas. Até 15 de setembro, o Indea deve percorrer cerca de 100 outras fazendas na regional de Sinop. Em outras regiões do Estado, um estudo realizado em parceira Aprosoja apontou para incidência em 40 dos 48 pontos inspecionados.
Cadastramento
O Indea vem realizando o cadastramento de agricultores que cultivam soja em diferentes cidades da região. O objetivo, segundo o agrônomo é incluí-los no programa de prevenção de ferrugem, bem como de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos. Entretanto, Marcelo alerta que ainda há produtores que não realizaram o procedimento.
Ele explica que devem fazer a solicitação para cumprir os trâmites, obrigatórios.